Difícil falar de sustentabilidade para pessoas que não querem, não gostam e têm dificuldade de pensar no futuro. Mas a pauta do mundo hoje é essa, goste ou não, queira ou não. Porque sustentabilidade é isto: trazer o futuro para o presente. É resolver os seus problemas e realizar seus sonhos hoje sem comprometer os sonhos de quem ainda nem nasceu.
Para quem é jovem e brasileiro, então, a dificuldade de incluir o futuro nas suas decisões é maior ainda. Vou explicar começando pelo que temos em comum: Brasil. Vivemos numa região do planeta que é muito boa e generosa com as nossas condições de vida. Para nós, para as plantas e para os animais.
Podemos entender essa ideia de generosidade com as nossas condições de vida pelo fato de vivermos no Brasil através do livro de Eduardo Gianetti, O valor do amanhã. Ele diz que uma árvore no hemisfério norte, como por exemplo o carvalho, tem que armazenar energias no verão para atravessar o inverno, senão morre. Uma palmeira nos trópicos, onde o inverno é quente, não tem esse mecanismo de armazenagem porque não precisa.
Isto é, nós, que vivemos nos trópicos, tendemos naturalmente a não esquentar a cabeça com o inverno, ou seja, com o futuro. Daí para essa tendência virar atitude, cultura, estilo de vida, não custa nada. Conclusão: o brasileiro é cabeça fresca por natureza.
O mesmo acontece quando temos pouca idade. Quando jovens, temos tanto para viver no presente, que não temos nenhuma motivação nem espaço na cabeça para pensar no futuro. dizem que o máximo de futuro que a maioria dos jovens consegue pensar é três ou quatro dias. Mais praticamente, o tempo da próxima balada ou o prazo para entregar o trabalho da escola.
Normal. De verdade, a gente só começa a pensar no futuro para valer quando casamos e temos filhos. Aí é que se começa a pensar sério na vida, fazer planos, poupar, essas coisas.
Então, para jovens brasileiros, sustentabilidade é papo cabeça, abstrato, que só vira realidade quando vê crianças morrendo de falta de água, ursinho morrendo de falta de frio, peixe morrendo de falta de ar, floresta morrendo de falta de inteligência humana e boate fechando por falta de energia elétrica para a aparelhagem dos DJ's e o ar-condicionado.
Estou falando isso para mostrar o tamanho do desafio para um jovem dos trópicos entender o que de fato está por trás da sustentabilidade e poder se preparar para contribuir na virada deste jogo que está pondo em risco o seu próprio futuro.
Não adianta chorar o leite derramado, a árvore derrubada e colocar a culpa nas gerações passadas. É bola para frente. Tem mais é que entender o que os outros não entenderam e reinventar nosso estilo de vida a partir de uma nova consciência. A nova consciência diz que o tamanho do "aqui, agora" tem que ser muito grande, tão grande que não fique nada de fora. Nenhuma criança, nenhum urso, nenhum buriti, ninguém, não importa se é do hemisfério norte ou sul, se é muçulmano ou judeu, se é do passado, do futuro ou do presente. Porque tudo é interdependente.
É uma coisa grande mesmo. Muito maior do que o aqui, agora que muita gente entendeu que era pequeno e curto e acabou detonando sua saúde em poucos anos, destruindo sua vida e privando o futuro do seu talento. Muitos amigos, muitos músicos geniais foram destruídos por essa má compreensão do "aqui, agora".
As gerações de 60 anos atrás pagaram caro para aprender, mas corrigiram o erro em tempo e colocaram um big e um long na frente do here e do now. São só dois adjetivos, mas fazem toda a diferença na hora de sonhar um sonho que não vira pesadelo, na hora de escolher uma profissão que não vira um mico.
Vamos combinar: para sustentabilidade não existe futuro nem passado, só existe o presente, um presente eterno, um presente tão grande que só cabe na nossa consciência, e se está na consciência vira estilo de vida. Então a saída é acordar para essa nova consciência. Como já cantava Céu e Beto Villares na sua "Roda": "Caiu na roda, ou acorda ou vai dançar".
Para quem é jovem e brasileiro, então, a dificuldade de incluir o futuro nas suas decisões é maior ainda. Vou explicar começando pelo que temos em comum: Brasil. Vivemos numa região do planeta que é muito boa e generosa com as nossas condições de vida. Para nós, para as plantas e para os animais.
Podemos entender essa ideia de generosidade com as nossas condições de vida pelo fato de vivermos no Brasil através do livro de Eduardo Gianetti, O valor do amanhã. Ele diz que uma árvore no hemisfério norte, como por exemplo o carvalho, tem que armazenar energias no verão para atravessar o inverno, senão morre. Uma palmeira nos trópicos, onde o inverno é quente, não tem esse mecanismo de armazenagem porque não precisa.
Isto é, nós, que vivemos nos trópicos, tendemos naturalmente a não esquentar a cabeça com o inverno, ou seja, com o futuro. Daí para essa tendência virar atitude, cultura, estilo de vida, não custa nada. Conclusão: o brasileiro é cabeça fresca por natureza.
O mesmo acontece quando temos pouca idade. Quando jovens, temos tanto para viver no presente, que não temos nenhuma motivação nem espaço na cabeça para pensar no futuro. dizem que o máximo de futuro que a maioria dos jovens consegue pensar é três ou quatro dias. Mais praticamente, o tempo da próxima balada ou o prazo para entregar o trabalho da escola.
Normal. De verdade, a gente só começa a pensar no futuro para valer quando casamos e temos filhos. Aí é que se começa a pensar sério na vida, fazer planos, poupar, essas coisas.
Então, para jovens brasileiros, sustentabilidade é papo cabeça, abstrato, que só vira realidade quando vê crianças morrendo de falta de água, ursinho morrendo de falta de frio, peixe morrendo de falta de ar, floresta morrendo de falta de inteligência humana e boate fechando por falta de energia elétrica para a aparelhagem dos DJ's e o ar-condicionado.
Estou falando isso para mostrar o tamanho do desafio para um jovem dos trópicos entender o que de fato está por trás da sustentabilidade e poder se preparar para contribuir na virada deste jogo que está pondo em risco o seu próprio futuro.
Não adianta chorar o leite derramado, a árvore derrubada e colocar a culpa nas gerações passadas. É bola para frente. Tem mais é que entender o que os outros não entenderam e reinventar nosso estilo de vida a partir de uma nova consciência. A nova consciência diz que o tamanho do "aqui, agora" tem que ser muito grande, tão grande que não fique nada de fora. Nenhuma criança, nenhum urso, nenhum buriti, ninguém, não importa se é do hemisfério norte ou sul, se é muçulmano ou judeu, se é do passado, do futuro ou do presente. Porque tudo é interdependente.
É uma coisa grande mesmo. Muito maior do que o aqui, agora que muita gente entendeu que era pequeno e curto e acabou detonando sua saúde em poucos anos, destruindo sua vida e privando o futuro do seu talento. Muitos amigos, muitos músicos geniais foram destruídos por essa má compreensão do "aqui, agora".
As gerações de 60 anos atrás pagaram caro para aprender, mas corrigiram o erro em tempo e colocaram um big e um long na frente do here e do now. São só dois adjetivos, mas fazem toda a diferença na hora de sonhar um sonho que não vira pesadelo, na hora de escolher uma profissão que não vira um mico.
Vamos combinar: para sustentabilidade não existe futuro nem passado, só existe o presente, um presente eterno, um presente tão grande que só cabe na nossa consciência, e se está na consciência vira estilo de vida. Então a saída é acordar para essa nova consciência. Como já cantava Céu e Beto Villares na sua "Roda": "Caiu na roda, ou acorda ou vai dançar".