Diversidade Cultural

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É preciso que saibamos respeitar as diferenças!!!!

Bem vindos ao Blog da Tolerância!

Rico em imagens e conteúdo informativo e educativo, o Blog da Tolerância tenta passar para os leitores, a importância do simples ato de respeitar e tolerar as diferenças, sejam elas, econômicas, sociais, religiosas e referente à orientação sexual. O mundo precisa de pessoas mais tolerantes e compreensivas!!!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vai, mas não volta


Faremos um experimento muito interessante. Então acompanhe a maneira de fazer e a definição do fenômeno.
Vamos precisar de uma régua, ou quem sabe um lápis (quanto mais comprido melhor!).
Precisaremos da ajuda dos nossos dedos indicadores para apoiar os objetos – colocando um dedo em cada extremidade. Em seguida, tentaremos juntar os dedos, arrastando-os, ao mesmo tempo, para o centro da régua ou do lápis. O que aconteceu?
Vamos, agora, fazer o movimento de volta, isto é, arrastar os dedos que estão no centro do objeto para a posição inicial. Será que conseguiremos?

Na primeira tentativa, com um pouquinho de jeito, os dedos se encontraram em um ponto no meio da régua. Isso acontece pela combinação de dois fatores: gravidade e atrito. A força da gravidade é um “puxão” que nos mantém sobre o solo. Ela atua sobre tudo e sem ela todas as coisas flutuariam. Vale saber que essa força atua em todos os pontos de um corpo, mas podemos imaginá-la atuando apenas em um ponto, que é conhecido como centro de gravidade. No caso da régua, que é toda uniforme, o centro de gravidade coincide como o meio. Assim, quanto mais um dedo se aproxima do meio da régua, mais peso ele suporta, aumentando o atrito entre a régua e o dedo.
RÉGUA ESCOLAR

Atrito é uma força que atua apenas quando um objeto está em contato com outro. Experimente empurrar uma cadeira pela sala. Se não houvesse atrito com o solo, a cadeira continuaria deslizando mesmo que você parasse de empurrá-la. O atrito aumenta de acordo com a força entre os dois objetos em contato. No caso da régua, a intensidade dessa força – de atrito entre régua e dedo – depende de que fração do peso da régua cada dedo agüenta.
De volta ao experimento, percebemos que o atrito aumenta quando um dedo se aproxima do centro de gravidade, porque vai suportar uma parte maior do peso. Assim o atrito com a régua é maior nesse dedo, ficando mais fácil para o outro deslizar em direção ao meio da régua. Assim os dedos vão alternando o movimento de aproximação do centro, até se encontrarem.
Já o movimento contrário é impossível, porque, a partir do movimento em que os dedos se afasta do centro da gravidade, o atrito nele, em nenhum instante do movimento, será maior do que no dedo que ficou no centro da gravidade. Assim, quando um dedo sai deslizando do centro para as pontas, não será mais possível mover o outro que ficou lá, porque o dedo que ficou no centro sempre suportará uma força maior e, conseqüentemente, sofrerá mais atrito, sendo mais difícil movê-lo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sons embaixo d’água


Como os golfinhos sabem o que há em sua frente e atrás, mesmo tendo uma visão pouco aguçada e pelo fato de viver em águas escuras? De que forma descobre comida? Ou o lugar onde estão os predadores?
Esses mamíferos não são como gatos, que têm olhos adaptados para enxergar no escuro, bigodes e pêlos que os ajudam a saber o que se passa no breu. Eles tampouco apresentam braços como nós, seres humanos, para tatear a escuridão. Por outro lado, esses mamíferos possuem algo de dar inveja a muito bicho por aí: um sofisticado sistema de comunicação e localização por meio de sons.
Talvez você não saiba, mas os ancestrais dos golfinhos viviam no ambiente terrestre. No entanto, há milhões de anos, eles passaram a habitar o meio aquático. Uma das especializações que os golfinhos desenvolveram para sobreviver embaixo d’água foi justamente esse sistema de comunicação e de localização por meio de sons.
Como ele funciona? Os golfinhos têm um orifício no topo da cabeça, chamado espiráculo. Ele permite que esses animais aquáticos respirem facilmente quando vêm AA superfície. Poderíamos comparar esse orifício ao nosso nariz, mas nunca chamá-lo assim, porque ele tem um nome específico. Além de respirar por meio do espiráculo, é por aí que os golfinhos emitem os seus sons.
Mas não pense que os golfinhos, com alguns mamíferos terrestres, geram sons por terem cordas vocais. Na verdade, eles apresentam uma série de sacos, câmaras e pregas dentro do canal do espiráculo. O ar que vem dos pulmões passa por eles e gera, assim, os mais variados tipos de sons. Para ficar fácil de entender, imagine pequenos balões soltando ar e produzindo sons variados.

Fiu-fiu!

Os golfinhos geram vários tipos de sons. Os pesquisadores acreditam que alguns deles são usados para esses animais se comunicarem. Os golfinhos emitiriam sons, por exemplo, para alertar os companheiros sobre a presença de perigo, para avisá-los de que há comida por perto ou para contar qual é a sua posição e identidade.


O som mais conhecido dos golfinhos é chamado de assobio. Como o próprio nome diz, esse som parece com o assobio humano. Estudos mostram que ele costuma ser usado nas mais diversas situações. A mamãe golfinho pode soltar um assobio para chamar o filhote que está em perigo. Além desse tipo de assobio, sabe-se que algumas espécies de golfinhos apresentam um assobio próprio, individual. Ele serve para que o golfinho possa ser conhecido pelos outros. Mas não é só. Esses mamíferos aquáticos produzem também outro tipo de som que foi percebido apenas após muito estudo: os sons de ecolocação.
Algumas espécies de golfinhos especializaram-se na técnica de ecolocação. O golfinho-do-rio-ganges, da Índia, é quase cego e, para completar, vive em rios de água escura e barrenta.

Ultra-som

Os sons de ecolocação têm a freqüência muito alta: podem atingir mais de 100 kHz. Como nós, seres humanos, só escutamos sons com freqüência de até 20 kHz, não conseguimos ouvi-los. Por essa razão, eles são chamados de ultra-sons.
Podemos ouvir alguns "assobios" dos golfinhos.
Mas o som de ecolocação, que eles usam para se
localizar e ajudar na captura de alimento, não são
percebidos por ouvidos humanos.

Os ultra-sons também são gerados na cabeça dos golfinhos, mas não somente no espiráculo. Eles são direcionados com o auxílio de uma estrutura chamada melão – a ‘testa’ do golfinho –, que fica localizada acima do rostro – o ‘focinho’ do golfinho –, entre a boca e o espiráculo.
O melão é formado por um tipo de tecido adiposo, isto é, formado por gordura. Ele funciona como uma lente e direciona os sons para certo objeto. Os sons atingem o objeto, são refletidos e voltam para a cabeça do golfinho na forma de ecos. Eles entram através da mandíbula e são transmitidos ao cérebro. Assim, o golfinho pode saber onde o objeto se encontra, como ele é, qual é seu tamanho.

Hora da pescaria

Não é preciso pensar muito para apontar como os sons de ecolocação podem ser usados no dia-a-dia dos golfinhos. Na alimentação, é claro! Esse tipo de som permite que os golfinhos localizem peixes e outras presas.
Peixes rápidos ou muito pequenos não são problema. Afinal, os golfinhos contam com a ajuda da física na pescaria. Dentro d’água os sons têm uma velocidade maior do que no ar, porque a água é mais densa do que o ar, isto é, tem mais moléculas por volume. A velocidade dos sons na ecolocação é de 1400 metros por segundo. Eles chegam rapidamente até o peixe e voltam para o golfinho. Dessa forma, esse mamífero recebe depressa informações da distância em que sua presa está e do tamanho dela, por exemplo.

Golfinho nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). ele é também
conhecido com Flipper, por causa do filme de mesmo nome.


Como podemos perceber, os sons são importantíssimos para os golfinhos. Por causa disso, esses animais – da mesma forma que as baleias – são muito sensíveis a qualquer som. Então imagine o que acontece quando barcos, lanchas ou jet-skis passam perto deles! O barulho desses veículos incomoda muito aos golfinhos.
Embora procurem viver em locais calmos, sobretudo quando há filhotes no grupo, nem sempre os golfinhos conseguem fugir da algazarra. Portanto, aviso aos navegantes: em mares ou rios onde há esses animais, silêncio!

Vida de golfinho

Entre as várias espécies de golfinhos que existem, a mais conhecida e estudada é o flipper, como é chamada em outros países. No Brasil, ele recebe o nome de boto-da-tainha ou golfinho nariz-de-garrafa.
O golfinho nariz-de-garrafa tem esse nome porque o seu rosto é curto e grosso, enquanto o dos outros golfinhos é longo. Os cientistas os chamam de Tursiops truncatus, que significa “animal tipo golfinho de face truncada ou cortada”.


Os golfinhos têm corpo alongado e apresentam diversas nadadeiras. A dorsal – localizada nas costas do animal – serve para dar equilíbrio. A nadadeira caudal impulsiona o golfinho e permite que ele nade em alta velocidade. Já a peitoral auxilia no direcionamento do golfinho durante o nado e também no seu equilíbrio.
Os golfinhos têm dentes e se alimentam de peixes, lulas e crustáceos. Muitas vezes, eles caçam juntos para obter melhores resultados. Esses animais gostam de viver em grupos, que, às vezes, são pequenos, às vezes, grandes.
Quando um filhote de golfinho nasce, ele precisa ser amamentado e protegido pela sua mãe. Depois, ela o ensinará a capturar seu alimento, a se orientar no ambiente, a se relacionar com outros golfinhos e a fazer diversas outras atividades importantes para a sobrevivência.
Aposto como você sempre se perguntou por que os golfinhos gostam tanto de brincar, pular na água e namorar. É dessa forma que os filhotes aprendem e ainda divertem-se a valer!

Ouvido absoluto

Qualquer música provavelmente soa diferente aos ouvidos de cada um. Se você sentar ao piano e tocar para dez mil pessoas uma canção comum como Parabéns para você, umas oito mil devem ser capazes de detectar notas desafinadas na melodia. Se você anunciar qual foi a primeira nota da melodia, boa parte das pessoas que tiveram estudado música deverá ser capaz de dizer o nome das notas seguintes. Mas, provavelmente, apenas uma pessoa daquelas dez mil será capaz de identificar todas as notas no piano sem que você dê a dica de qual foi a primeira.
“Ouvido absoluto” é o nome da capacidade que tem essa única pessoa em dez mil de identificar notas musicais sem precisar ouvir primeiro outra nota conhecida como comparação. De onde vem essa capacidade? Do cérebro, e não dos ouvidos, como o nome sugere. A região na superfície do cérebro que processa os sons da música é maior em músicos do que em outras pessoas, e especialmente grande em músicos com ouvido absoluto. Isso sugere que a capacidade de identificar notas musicais depende da “quantidade” de cérebro disponível para “ouvir” a música que entra pelos ouvidos.
Mas por que só algumas pessoas têm ouvido absoluto? Há, ao menos, três possibilidades – e talvez a explicação, no final, seja uma mistura das três.


Primeiro, a genética parece ajudar: pessoas com ouvido absoluto costumam ter parentes com mesma habilidade (do mesmo modo, a “surdez musical”, ou a incapacidade de detectar uma nota desafinada, também parece ser genética!).
A segunda possibilidade é que o ouvido absoluto se adquire com a prática. Seria uma questão de treino, mesmo: você ouve e identifica notas musicais tantas e tantas vezes que seu cérebro acaba guardando uma “memória” permanente do som de cada nota associada ao seu nome. Com essa memória guardada dentro da cabeça, deixa de ser necessário comparar uma nota a outra que você sabe que é o lá, por exemplo, para identificá-la.
Quanto à terceira possibilidade... pasme: é possível que todo mundo nasça com ouvido absoluto e acabe perdendo essa habilidade, se ela não for mantida ou desenvolvida com a música ou pelo aprendizado de línguas, como o chinês, onde o significado das palavras depende do seu “som musical” preciso. Quem sabe, então, você já teve ouvido absoluto e nem sabia?

Vinho tinto/vinho branco

Vinho branco
Vinho tinto
A fabricação de um bom vinho começa com a extração do suco de uva. Para isso, a fruta precisa ser bem amassada. Depois, o suco vai descansar em contato com o ar para a levedura entrar em ação e começar a transformá-lo em vinho. Esse processo pode levar meses ou anos, dependendo do vinho que se pretenda fabricar. Mas será que a uva branca só produz vinho branco e uva vermelha, vinho tinto? Tchan! Tchan! Tchan! Tchan!
A resposta certa é: o vinho branco pode ser obtido tanto da uva branca quanto da uva vermelha, pois o que dá a cor ao vinho é a presença da casca da uva vermelha. Assim, o suco da uva vermelha fermentado sem a casca fornece um vinho branco.

O corpo debaixo d’água

Nadar até um navio naufragado. Ver peixes multicoloridos. Quem sabe, dar um de cara com um tubarão! Você gostaria de fazer esse passeio? Tudo bem, podemos trocar o tubarão por um tartaruga. Então, observe a altura de um prédio de quatro andares. São cerca de trinta metros. Mergulharemos até essa profundidade. Você irá olhar para cima e ver lá longe a superfície. Também sentirá um ‘peso’ maior sobre seu corpo. É a pressão. Se há algum problema? Iremos descobrir após a leitura do texto a seguir: o que acontece com o organismo dos mergulhadores no fundo do mar.


Splash!

Basta cair na água para sentir o primeiro efeito do mergulho sobre o corpo humano: essa atividade pode trazer graves conseqüências à saúde, especialmente se for feita a partir de dez metros de profundidade.
Os principais problemas que mergulho é capaz de provocar estão relacionados à incapacidade de o ser humano respirar embaixo d’água e também à pressão, que aumenta muito com a profundidade.
Algumas pessoas, por exemplo, querem ficar mais tempo submersas e, para não terem que voltar depressa à superfície, enganam o corpo de uma forma perigosa: antes de afundar, elas forçam uma respiração muito rápida e profunda, chamada hiper ventilação. Assim, eliminam bastante gás carbônico. Como a vontade de respirar surge apenas quando essa substância se acumula no organismo, ela demora mais para surgir. Afinal, muito gás carbônico foi expulso e é preciso mais tempo para que ele volte a existir em grande quantidade.
Embora funcione, o truque é perigoso. Nós respiramos porque nosso corpo necessita de oxigênio presente no ar para funcionar. A respiração faz com que o sangue tenha, normalmente, bastante oxigênio, mas a hiper ventilação não aumenta a quantidade desse gás na corrente sanguínea. Então, durante o mergulho, o oxigênio vai sendo consumido, mas a pessoa não sente vontade de respirar. Resultado: ela pode desmaiar e se afogar, por causa da queda do nível de oxigênio em seu sangue.

Sob pressão

Há, no entanto, outro perigo que mora nas profundezas: a pressão. Em terra firme, a pressão é o peso dos gases da atmosfera. E, durante o mergulho, é esse peso somado ao peso da água.
A pressão aumenta muito com a profundidade. A 30 metros abaixo do nível do mar, por exemplo, ela é quatro vezes maior que na superfície. Os mergulhadores que usam garrafas de ar costumam ficar expostos a essa grande pressão, pois o oxigênio que carregam nas costas é a garantia de que podem passar mais tempo submersos. Por causa disso, correm alguns riscos.
Como é maior, a pressão embaixo d’água pode causar lesões em cavidades como os ouvidos e os seios paranasais, além de provocar rupturas de pequenos vasos sanguíneos, gerando sangramentos no nariz e na conjuntiva, a parte branca dos olhos.

O seio maxilar e o seio frontal, da figura, formam os seios paranasais
São as mudanças de pressão durante o mergulho que resultam em problemas como esses. Afinal, o corpo humano é adaptado para viver na superfície da Terra sob determinada pressão. À medida que o mergulhador afunda, a pressão sobre o seu corpo aumenta e comprime as suas cavidades, o que pode ser sentido pela máscara de mergulho, que, cada vez mais, vai sendo imprensada contra o rosto do mergulhador. Por outro lado, a pressão diminui quando a pessoa volta à tona e as partes do seu corpo que estavam contraídas se expandem. Assim, os vasos sanguíneos que estavam comprimidos, o que pode levar à sua ruptura.

Bolhas!

Quem já viu um mergulhador, seja pela TV ou ao vivo, deve ter reparado que, quando respira, ele solta bolhas de ar na água. Outro tipo de bolhas, porém pode ser formado – e dentro do organismo do mergulhador – pela pressão. Tudo porque ela age não só sobre as cavidades do organismo, mas, também, sobre o nitrogênio.
Presente em grande quantidade no ar que respiramos, esse gás também é encontrado nas garrafas que os mergulhadores carregam. Mas, embora exista no ar, ele não passa para o sangue, pois não se dissolve muito bem no mesmo. Só quando a pressão aumenta por um longo tempo as moléculas de nitrogênio se espalham pelo organismo. Resultado: alguns mergulhadores se sentem confusos e têm até delírios debaixo d’água. É a chamada “embriaguez das profundidades”.
Mas o pior acontece quando alguém volta rapidamente à superfície depois de um mergulho profundo e longo. Nesse caso, o nitrogênio volta ao estado gasoso dentro do organismo, formando bolhas – algo semelhante ocorre quando uma garrafa de refrigerante é aberta. Esse problema é sério e pode levar à morte. Para evitá-lo, os mergulhadores precisam subir à superfície devagar, possibilitando que o nitrogênio volte até os pulmões e seja expelido devagar.
Esse procedimento é chamado descompressão e, se for feito mais depressa que o necessário, também leva à formação de bolhas em pequenas quantidades, o que não é nada bom para o mergulhador. Como elas tendem a se acumular nas articulações (joelhos e cotovelos, por exemplo), podem causar dores nessas regiões.
Para evitar riscos como esse, muitos mergulhadores profissionais – pessoas que trabalhas a grandes profundidades, para empresas de exploração de petróleo – preenchem suas garrafas com um ar especial, sem nitrogênio, para evitar a necessidade de descompressão.

Preparando para mergulhar

Hoje, os mergulhadores têm à disposição em equipamento que lhes permite movimentar-se livremente embaixo d’água: o scuba. Inventado em 1943, ele é formado por garrafas de ar comprimido, máscara, pés-de-pato, tubos e válvulas. No passado, porém, explorar o mundo subaquático não era fácil. Por volta do século XVI, por exemplo, para ver o que havia embaixo d’água era preciso submergir dentro do “sino de mergulho”, que tinha esse nome por causa do seu formato. Feito, geralmente, de madeira, ele era preenchido com ar, o que impedia a entrada da água. O mergulhador respirava dentro dele e, quando ia explorar o que havia ao redor, preenchia o ar e saía, retornando ao sino a seguir para respirar.

Sino de mergulho usado no século XVI
Só na primeira metade do século XVIII surgiriam os primeiros trajes de mergulho. Nessa época, havia um aparelho formado por um pesado capacete, aberto na parte inferior, que se equilibrava nos ombros do mergulhador. Ele era preenchido com ar comprimido graças a um tubo, ligado à bomba de um navio. Porém, trazia o risco de o mergulhador morrer afogado, caso o capacete saísse do lugar e, assim, fosse preenchido por água. Esse risco foi afastado anos depois, quando se confeccionou uma roupa impermeável, onde era fixado o capacete.
Em 1864, foi criado o primeiro aparelho de mergulho em que o ar era transportado pelo próprio mergulhador em pequenos cilindros. Era o início da liberdade embaixo d’água, que, hoje, os mergulhadores experimentam ao usar o scuba.

Assim eram os antigos trajes
de mergulho. Note que, neste modelo,
o capacete está preso à roupa impermeável
Por que não eu?

Embaixo d’água, não conseguimos respirar. Isto, no entanto, não é problema para os peixes. Qual a razão? Ora, nós precisamos voltar à superfície de vez em quando para respirar o gás carbônico produzido nas células. Os peixes, por sua vez, conseguem fazer isto diretamente na água!

Hoje, os mergulhadores podem usar o scuba e explorar livremente
o mundo sobaquático

O outro lado do “tibum”

Agora que você conhece a fundo os efeitos do mergulho sobre o corpo humano, como pretende usar o que aprendeu? Não diga que vai manter distância da água, de máscaras de mergulho e também de pés-de-pato! Esta seria uma decisão muito radical. Afinal, o mergulho tem seus riscos, mas, também, benefícios! Essa atividade favorece o contato direto com a natureza. Permite observar a fauna e flora subaquática de uma forma fascinante! Além disso, o fato de estar na água relaxa o corpo, pois diminui sobre ele o efeito da gravidade – a força que atrai todas as coisas e nos mantém presos à superfície terrestre. Sem falar que o mergulho é uma forma de exercício, o que sempre é benéfico para o organismo. Quem mergulha apenas precisa ter consciência de que essa atividade, apesar de divertida e inesquecível, exige respeito e cuidado para evitar problemas. Afinal, não somos peixes. No máximo, tentamos ser homens-rãs!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

O futuro da técnica e o futuro do homem

Desenho para rir e refletir, onde mostra o que acontecerá
com o homem, se continuar tendo hábitos como:
sedentarismo, gula e exagero nas coisas.

Não é de ontem que a ciência e suas conseqüências técnicas estão intimamente ligadas ao destino das sociedades humanas. É mesmo muito provável que tenha de haver uma técnica para que haja civilização. Quem poderá dizer que o que representou para o home primitivo a descoberta da pedra lascada? E que dizer da descoberta do metal, do emprego do cavalo com animal de transporte, da flutuação dos primeiros nativos?
A maior parte da humanidade não conhece a ciência senão pelas suas aplicações, isto é, pela técnica. E esta, no mundo moderno, intervém em tudo: para nos vestir, para nos aquecer, para nos alimentar. Ela guia o médico e fornece os remédios, a mulher deve-lhes os seus produtos de beleza, como o guerreiro as sua armas. Mesmo quando não notamos sua intervenção, ela está sempre presente em nossas vidas. E se desaparecesse num instante, ficaríamos abismados numa miséria terrível, na medida em que a técnica nos desabitou dos nossos antigos instintos de sobrevivência, e hoje nos encontraríamos muito mais nus e fracos do que o homem primitivo. Não se pode, portanto, negar que existe uma íntima relação entre o futuro da técnica e o futuro do homem.
Homem de Neanderthal

Quanto a esse futuro, jamais podemos nos esquecer de que o objetivo do “progresso” não pode restringir-se em fazer triunfar a técnica em si mesma, mas, sim em colocá-la a serviço do homem. Mas afinal, no que consiste o homem? Consiste em duas coisas intimamente ligadas e que perpetuamente reagem e se relacionam uma com a outra: o corpo, a matéria, de um lado; e a alma ou o espírito, do outro. Pelo que nele há de corporal, o homem participa das necessidades animais volta-se para a terra para tirar, por meio do trabalho, os seus meios de subsistência. Pelo que nele há de espiritual, ultrapassa as barreiras da animalidade, origina-se para si um mundo novo em que o trabalho se torna uma criação e a necessidade um desafio a ser vencido. A finalidade do progresso, finalidade que nunca devemos perder de vista, deve ser a construção de uma “sociedade aberta”, como dizia Bérgson, uma sociedade que encare o homem na sua totalidade (espírito - matéria). Nesta sociedade deverá haver equilíbrio entre interesses do Estado e os direitos do indivíduo entre o coletivo e o pessoal.
Para finalizar, é fundamental termos em mente que a ciência transforma o mundo, mas é só o homem que pode transformar o homem. A descoberta científica e o aperfeiçoamento técnico não têm valor moral em si: tudo depende do uso que o homem deles possa fazer.

A ESCOLHA DA PROFISSÃO


“Quando a tarefa de cada dia é feita com amor - e isso inclui toda ação e o trabalho de sustento -, há uma renovação constante em quem faz e naquilo que é feito.”

                                                                                          Luis Carlos Lisboa

Profissão é a atividade econômica que desempenhamos para obter meios de subsistência. Existem, no mercado de trabalho, inúmeras profissões. Escolher a mais adequada e preparar-se para exercê-la são atitudes fundamentais a serem tomados por todos os jovens. Uma profissão mal escolhida terá conseqüências desastrosas por toda a vida de uma pessoa, com graves repercussões não apenas no campo econômico, mas também no campo psicológico.
No atual momento, são imensos os problemas que as pessoas enfrentam para escolher, de forma correta, as profissões que pretendem desempenhar no futuro. Especialmente nas metrópoles de alta concentração demográfica, profissões tradicionais, com médico, engenheiro, advogado já saturam o mercado de trabalho. 
De fato a escolha profissional é um quebra-cabeça de difícil solução. Além disso, não há fórmulas prontas para que possam ser usadas para a escolha da profissão. Os testes vocacionais servem apenas para indicar ou sugerir possibilidades, mas não podem ser tomados com bússola absoluta que conduz rumo ao sucesso.
Para quem procura o caminho de sua profissão, oferecemos uma orientação de caráter genérico, que precisa ser adaptada a cada caso específico.
Na escolha profissional, assim com em outras decisões importantes da vida, é necessário fazermos um duplo movimento de reflexão: um movimento voltado para o nosso próprio Eu, e voltado também para a realidade objetiva do mundo em que vivemos. Em outras palavras, é preciso que a pessoa procure:
  • Auto conhecer-se: isso implica refletir profundamente sobre suas potencialidades interiores, sobre sua real capacidade física e mental, sobre suas inclinações e preferências pessoais.
  • Avaliar a realidade: isso implica refletir ponderadamente sobre a situação concreta do mercado de trabalho, analisar as tendências da economia, sentir as limitações e possibilidades da profissão, sintonizar-se com o tempo em que vive.
Charge com diversas representações de
profissões.
A escolha da profissão adequada deve nascer da síntese de autoconhecimento e da avaliação da realidade objetiva. É preciso equilibrar aquilo que queremos com aquilo que podemos, combinar razão e emoção, levar em conta o Eu sem esquecer o Mundo. Embora a escolha seja quase sempre difícil, não é algo que possa ser transferido a outras pessoas, pois precisa ser resolvido no íntimo de cada um de nós.