Faremos um experimento muito interessante. Então acompanhe a maneira de fazer e a definição do fenômeno.
Vamos precisar de uma régua, ou quem sabe um lápis (quanto mais comprido melhor!).
Precisaremos da ajuda dos nossos dedos indicadores para apoiar os objetos – colocando um dedo em cada extremidade. Em seguida, tentaremos juntar os dedos, arrastando-os, ao mesmo tempo, para o centro da régua ou do lápis. O que aconteceu?
Vamos, agora, fazer o movimento de volta, isto é, arrastar os dedos que estão no centro do objeto para a posição inicial. Será que conseguiremos?
Na primeira tentativa, com um pouquinho de jeito, os dedos se encontraram em um ponto no meio da régua. Isso acontece pela combinação de dois fatores: gravidade e atrito. A força da gravidade é um “puxão” que nos mantém sobre o solo. Ela atua sobre tudo e sem ela todas as coisas flutuariam. Vale saber que essa força atua em todos os pontos de um corpo, mas podemos imaginá-la atuando apenas em um ponto, que é conhecido como centro de gravidade. No caso da régua, que é toda uniforme, o centro de gravidade coincide como o meio. Assim, quanto mais um dedo se aproxima do meio da régua, mais peso ele suporta, aumentando o atrito entre a régua e o dedo.
RÉGUA ESCOLAR |
Atrito é uma força que atua apenas quando um objeto está em contato com outro. Experimente empurrar uma cadeira pela sala. Se não houvesse atrito com o solo, a cadeira continuaria deslizando mesmo que você parasse de empurrá-la. O atrito aumenta de acordo com a força entre os dois objetos em contato. No caso da régua, a intensidade dessa força – de atrito entre régua e dedo – depende de que fração do peso da régua cada dedo agüenta.
De volta ao experimento, percebemos que o atrito aumenta quando um dedo se aproxima do centro de gravidade, porque vai suportar uma parte maior do peso. Assim o atrito com a régua é maior nesse dedo, ficando mais fácil para o outro deslizar em direção ao meio da régua. Assim os dedos vão alternando o movimento de aproximação do centro, até se encontrarem.
Já o movimento contrário é impossível, porque, a partir do movimento em que os dedos se afasta do centro da gravidade, o atrito nele, em nenhum instante do movimento, será maior do que no dedo que ficou no centro da gravidade. Assim, quando um dedo sai deslizando do centro para as pontas, não será mais possível mover o outro que ficou lá, porque o dedo que ficou no centro sempre suportará uma força maior e, conseqüentemente, sofrerá mais atrito, sendo mais difícil movê-lo.
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