Diversidade Cultural

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terça-feira, 5 de outubro de 2010

A Semana de 22: o modernismo no Brasil

O Brasil é um país que faz parte da cultura ocidental. Os movimentos estéticos europeus sempre influenciaram nossos artistas e escritores. Por isso, o modernismo também mudou a cabeça dos brasileiros.
Os ideais modernistas chegaram ao Brasil com quase vinte anos de atraso. Naquela época, a troca de informações entre os continentes era menor e mais lenta do que hoje. Além disso, havia o atraso econômico do Brasil. A arte modernista refletia o mundo da máquina, da cidade grande, da velocidade, do capitalismo industrial, da revolução social. Pois, no Brasil, essa realidade moderna estava ainda nascendo. Portanto, era natural nosso "atraso" cultural. (Será que existe mesmo esse tipo de atraso?)
As novas modas estáticas foram trazidas por jovens artistas e intelectuais da elite brasileira que tinham recursos para viajar até Paris, Berlim e Londres.

Antropofagia, de Tarsila do Amaral, é um exemplo da pintura
que tanto chocou os críticos conservadores brasileiros.
O ano de 1922 foi o grande marco do nosso modernismo. É bom lembrarmos que naquele ano estourou a primeira rebelião tenentista, o episódio dos Dezoito do Forte. Foi também o ano da fundação do Partido Comunista do Brasil. O país estava grávido de mudanças!
Os rapazes e as moças queriam divulgar a nova maneira de fazer arte e poesia que eles já praticavam havia algum tempo. Para isso, organizaram a célebre Semana de Arte Moderna de 1922, na capital paulista. Estavam lá, apresentando suas obras, jovens e atrevidos poetas e escritores, como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Manuel Bandeira, músicos como Heitor Villa-Lobos, artistas plásticos, como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Victor Brecheret.
A Semana de Arte Moderna foi patrocinada pela burguesia cafeeira e teve lugar no sofisticado Teatro Municipal de São Paulo. Mesmo assim, os visitantes ficaram chocados. A linguagem era tão nova e inesperada que o público, acostumado com a arte acadêmica tradicional, considerou aquilo tudo uma grande bobagem. Teve gente que vaiou, ficou imitando galinha e cachorro durante as declarações de poesia, jogou tomates e ovos nos músicos. Essa reação não era nova nem inesperada: pouco tempo antes, o escritor Monteiro Lobato já havia atacado a pintura modernista de Anita Malfatti. uma mostra de que alguns intelectuais não compreendiam as novas propostas.

Diana Caçadora mostra formas delicadas e arredondadas, quase
geométricas, típicas de Victor Brecheret.
O modernismo foi muito importante para a cultura brasileira. estimulou os escritores e artistas a criarem uma cultura genuinamente brasileira. Já que era diferente da Europa e dos EUA, o Brasil deveria criar uma cultura adequada à sua própria realidade, que levasse os brasileiros a compreenderem melhor a si mesmos e ao seu país. Oswald de Andrade falava da cultura antropofágica. Como sabemos, os antropofágicos são comedores de gente. Pois os brasileiros deveriam ser antropofágicos em relação à cultura europeia. Ou seja, em vez de rejeitá-la, deveriam absorvê-la. Mas de um jeito especial: matando, devorando e aproveitando seus sucos vitais para se desenvolverem com autonomia.

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