Diversidade Cultural

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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Entre a liberdade e a opressão?


Mais que coisa chata! Há hora para acordar, para ir à escola, para dormir... Não pode isso, não pode aquilo... Coma isso, não beba aquilo... Vai sair? Com quem? A que hora vai chegar? Será que é preciso dar satisfação de tudo o que eu penso e quero? Como eu queria ser livre! Livre!


Liberdade, oh, liberdade


Todo mundo quer ser livre; a liberdade é o bem mais precioso, almejado por homens e mulheres de todas as idades, e a luta para conquistá-la começa bem cedo.
Desde os primeiros meses de idade, você só pensa em uma coisa: fazer apenas o que quer, na hora que quer, do jeito que quer.
Crianças de meses rejeitam a mamadeira de três em três horas, mas choram quando têm fome - querem comer na hora que escolherem -, e quando um pouco mais grandinhas brigam para não vestir a roupa que a mãe escolheu. Ficam loucas para ir sozinhas para o colégio, e quando chegam em casa além do horário previsto, ai de quem perguntar onde elas estiveram. "Por aí" é o que respondem, quando respondem - e as mães que enlouqueçam.
Quando adolescentes, as coisas pioram: querem a  chave do carro (e da casa), e quando começam a sair à noite e os pais tentam estabelecer uma hora para chegar, é guerra na certa, com as devidas consequências: quarto trancado, onde ninguém pode entrar nem para fazer uma arrumação básica. Naquele território ninguém entra, pois é o único do qual ele se sente dono - e, portanto, livre. A partir dos 12 anos, o sonho de todos os adolescentes é morar num apart - sozinhos, claro.
Mas o tempo passa, vem um namoro mais sério, e quem ama - nem se quer - livre (para que o outro também não seja). Dá para quem está namorando sumir por três dias? Claro que não. Se for passar o fim de semana na casa da avó que mora em outras cidade, vai ter que dar o número do telefone - e isso lá é liberdade? E dos celulares, melhor nem falar.
Aí um dia você começa a achar que, para ser livre mesmo, é preciso se só; começa a se afastar de tudo e cancela o amor em sua vida - entre outras coisas. Ah, que maravilha: vai aonde quer, volta na hora em que bem entende, resolve se o almoço vai ser um sanduíche ou nada, sem ninguém para reclamar da geladeira da geladeira vazia, trocar o canal da televisão ou reclamar porque você está fumando no quarto. Ah, viver em total liberdade é a melhor coisa do mundo. Mas a vida não é simples, um dia você acorda pensando em se mudar de casa; fica horas pensando os prós e contras, mas não consegue decidir se deve ou não. Pensa em refrescar a cabeça e ir ao cinema, mas fica na dúvida - enfrentar a fila, será que vale a pena? Vê a foto de uma modelo na revista e tem vontade de cortar o cabelo - mas será que vai ficar bem? Acaba não fazendo nada, e depois de tantos anos sem precisar dar satisfação da vida a ninguém, começa a sentir uma estranha nostalgia.
Como seria bom se tivesse alguém para dizer que é uma loucura fazer uma tatuagem; alguém que te aconselhe a não trocar de carro agora - para que, se o seu está tão bom? Que mostrasse o quanto você foi injusta com aquela amiga e precipitada quando largou o marido, o quanto foi rude com a faxineira por uma bobagem. Que falasse coisas que iam te irritar, desse conselhos que você iria seguir ou não, alguém com quem você pudesse brigar, que te atormentasse o juízo às vezes, para você poder reclamar bastante. Alguém que dissesse o que você deve ou não fazer, o que pode e o que não pode e até mesmo te proibisse de alguma coisa.
E que às vezes notasse suas olheiras e falasse, de maneira firme, que você está muito magra e talvez exagerando na dieta; alguém que percebesse que, faltando dez dias para o final do mês, você só tem 50 reais na carteira e perguntasse se você não está precisando de alguma coisa. E que dissesse sempre, em qualquer circunstância, "vai dar tudo certo".
Que falta faz um pai.

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