Diversidade Cultural

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O corpo debaixo d’água

Nadar até um navio naufragado. Ver peixes multicoloridos. Quem sabe, dar um de cara com um tubarão! Você gostaria de fazer esse passeio? Tudo bem, podemos trocar o tubarão por um tartaruga. Então, observe a altura de um prédio de quatro andares. São cerca de trinta metros. Mergulharemos até essa profundidade. Você irá olhar para cima e ver lá longe a superfície. Também sentirá um ‘peso’ maior sobre seu corpo. É a pressão. Se há algum problema? Iremos descobrir após a leitura do texto a seguir: o que acontece com o organismo dos mergulhadores no fundo do mar.


Splash!

Basta cair na água para sentir o primeiro efeito do mergulho sobre o corpo humano: essa atividade pode trazer graves conseqüências à saúde, especialmente se for feita a partir de dez metros de profundidade.
Os principais problemas que mergulho é capaz de provocar estão relacionados à incapacidade de o ser humano respirar embaixo d’água e também à pressão, que aumenta muito com a profundidade.
Algumas pessoas, por exemplo, querem ficar mais tempo submersas e, para não terem que voltar depressa à superfície, enganam o corpo de uma forma perigosa: antes de afundar, elas forçam uma respiração muito rápida e profunda, chamada hiper ventilação. Assim, eliminam bastante gás carbônico. Como a vontade de respirar surge apenas quando essa substância se acumula no organismo, ela demora mais para surgir. Afinal, muito gás carbônico foi expulso e é preciso mais tempo para que ele volte a existir em grande quantidade.
Embora funcione, o truque é perigoso. Nós respiramos porque nosso corpo necessita de oxigênio presente no ar para funcionar. A respiração faz com que o sangue tenha, normalmente, bastante oxigênio, mas a hiper ventilação não aumenta a quantidade desse gás na corrente sanguínea. Então, durante o mergulho, o oxigênio vai sendo consumido, mas a pessoa não sente vontade de respirar. Resultado: ela pode desmaiar e se afogar, por causa da queda do nível de oxigênio em seu sangue.

Sob pressão

Há, no entanto, outro perigo que mora nas profundezas: a pressão. Em terra firme, a pressão é o peso dos gases da atmosfera. E, durante o mergulho, é esse peso somado ao peso da água.
A pressão aumenta muito com a profundidade. A 30 metros abaixo do nível do mar, por exemplo, ela é quatro vezes maior que na superfície. Os mergulhadores que usam garrafas de ar costumam ficar expostos a essa grande pressão, pois o oxigênio que carregam nas costas é a garantia de que podem passar mais tempo submersos. Por causa disso, correm alguns riscos.
Como é maior, a pressão embaixo d’água pode causar lesões em cavidades como os ouvidos e os seios paranasais, além de provocar rupturas de pequenos vasos sanguíneos, gerando sangramentos no nariz e na conjuntiva, a parte branca dos olhos.

O seio maxilar e o seio frontal, da figura, formam os seios paranasais
São as mudanças de pressão durante o mergulho que resultam em problemas como esses. Afinal, o corpo humano é adaptado para viver na superfície da Terra sob determinada pressão. À medida que o mergulhador afunda, a pressão sobre o seu corpo aumenta e comprime as suas cavidades, o que pode ser sentido pela máscara de mergulho, que, cada vez mais, vai sendo imprensada contra o rosto do mergulhador. Por outro lado, a pressão diminui quando a pessoa volta à tona e as partes do seu corpo que estavam contraídas se expandem. Assim, os vasos sanguíneos que estavam comprimidos, o que pode levar à sua ruptura.

Bolhas!

Quem já viu um mergulhador, seja pela TV ou ao vivo, deve ter reparado que, quando respira, ele solta bolhas de ar na água. Outro tipo de bolhas, porém pode ser formado – e dentro do organismo do mergulhador – pela pressão. Tudo porque ela age não só sobre as cavidades do organismo, mas, também, sobre o nitrogênio.
Presente em grande quantidade no ar que respiramos, esse gás também é encontrado nas garrafas que os mergulhadores carregam. Mas, embora exista no ar, ele não passa para o sangue, pois não se dissolve muito bem no mesmo. Só quando a pressão aumenta por um longo tempo as moléculas de nitrogênio se espalham pelo organismo. Resultado: alguns mergulhadores se sentem confusos e têm até delírios debaixo d’água. É a chamada “embriaguez das profundidades”.
Mas o pior acontece quando alguém volta rapidamente à superfície depois de um mergulho profundo e longo. Nesse caso, o nitrogênio volta ao estado gasoso dentro do organismo, formando bolhas – algo semelhante ocorre quando uma garrafa de refrigerante é aberta. Esse problema é sério e pode levar à morte. Para evitá-lo, os mergulhadores precisam subir à superfície devagar, possibilitando que o nitrogênio volte até os pulmões e seja expelido devagar.
Esse procedimento é chamado descompressão e, se for feito mais depressa que o necessário, também leva à formação de bolhas em pequenas quantidades, o que não é nada bom para o mergulhador. Como elas tendem a se acumular nas articulações (joelhos e cotovelos, por exemplo), podem causar dores nessas regiões.
Para evitar riscos como esse, muitos mergulhadores profissionais – pessoas que trabalhas a grandes profundidades, para empresas de exploração de petróleo – preenchem suas garrafas com um ar especial, sem nitrogênio, para evitar a necessidade de descompressão.

Preparando para mergulhar

Hoje, os mergulhadores têm à disposição em equipamento que lhes permite movimentar-se livremente embaixo d’água: o scuba. Inventado em 1943, ele é formado por garrafas de ar comprimido, máscara, pés-de-pato, tubos e válvulas. No passado, porém, explorar o mundo subaquático não era fácil. Por volta do século XVI, por exemplo, para ver o que havia embaixo d’água era preciso submergir dentro do “sino de mergulho”, que tinha esse nome por causa do seu formato. Feito, geralmente, de madeira, ele era preenchido com ar, o que impedia a entrada da água. O mergulhador respirava dentro dele e, quando ia explorar o que havia ao redor, preenchia o ar e saía, retornando ao sino a seguir para respirar.

Sino de mergulho usado no século XVI
Só na primeira metade do século XVIII surgiriam os primeiros trajes de mergulho. Nessa época, havia um aparelho formado por um pesado capacete, aberto na parte inferior, que se equilibrava nos ombros do mergulhador. Ele era preenchido com ar comprimido graças a um tubo, ligado à bomba de um navio. Porém, trazia o risco de o mergulhador morrer afogado, caso o capacete saísse do lugar e, assim, fosse preenchido por água. Esse risco foi afastado anos depois, quando se confeccionou uma roupa impermeável, onde era fixado o capacete.
Em 1864, foi criado o primeiro aparelho de mergulho em que o ar era transportado pelo próprio mergulhador em pequenos cilindros. Era o início da liberdade embaixo d’água, que, hoje, os mergulhadores experimentam ao usar o scuba.

Assim eram os antigos trajes
de mergulho. Note que, neste modelo,
o capacete está preso à roupa impermeável
Por que não eu?

Embaixo d’água, não conseguimos respirar. Isto, no entanto, não é problema para os peixes. Qual a razão? Ora, nós precisamos voltar à superfície de vez em quando para respirar o gás carbônico produzido nas células. Os peixes, por sua vez, conseguem fazer isto diretamente na água!

Hoje, os mergulhadores podem usar o scuba e explorar livremente
o mundo sobaquático

O outro lado do “tibum”

Agora que você conhece a fundo os efeitos do mergulho sobre o corpo humano, como pretende usar o que aprendeu? Não diga que vai manter distância da água, de máscaras de mergulho e também de pés-de-pato! Esta seria uma decisão muito radical. Afinal, o mergulho tem seus riscos, mas, também, benefícios! Essa atividade favorece o contato direto com a natureza. Permite observar a fauna e flora subaquática de uma forma fascinante! Além disso, o fato de estar na água relaxa o corpo, pois diminui sobre ele o efeito da gravidade – a força que atrai todas as coisas e nos mantém presos à superfície terrestre. Sem falar que o mergulho é uma forma de exercício, o que sempre é benéfico para o organismo. Quem mergulha apenas precisa ter consciência de que essa atividade, apesar de divertida e inesquecível, exige respeito e cuidado para evitar problemas. Afinal, não somos peixes. No máximo, tentamos ser homens-rãs!

Um comentário:

  1. É importante esclarecer que um bom mergulho tem muitos benefícios , mas é preciso estar atentos ao perigo, que apesar de não estar presente num ato de alegria e diversão, pode tirar sua vida. Mas se fizermos isso de uma maneira respeitosa e interessante, isso talvez não acontecerá.

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