Diversidade Cultural

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FALANDO SOBRE VIOLÊNCIA...

A VIOLÊNCIA NO MUNDO

Numa sociedade dominada pela violência a guerra, em forma de brincadeira, invade o mundo infantil.
A violência em nosso mundo assumiu proporções assustadoras. Em todos os lugares, em todas as direções podemos sentir sua terrível presença. Assistindo televisão, ouvindo rádio, lendo jornal, tomamos contato diário com notícias de crime, mortes destruições. Gerras explodem utilizando armas cada vez mais sofisticadas, gupos odeiam-se e agridem-se de forma sanguinária, populações morrem de fome vítimas da exploração econômica. Além dessas violências brutais, estamos cercados pela violência neurótica do dia a dia. A violência que ofende e mata no trânsito, que torna estúpidas as conversas, que invade as casas destruindo a harmonia familiar. Tudo isso, sem falarmos na violência do sistema político, a violência do alto custo da vida, da exploração do trabalho humano, do desamparo à saúde pública, dos baixos e aviltantes salários.
Todas essas violências contaminam nossas vidas e é preciso fazer alguma coisa para mudar essa situação desalentadora. Já está na hora de trilharmos o caminho da paz, antes que a violência nos domine de forma irrecuperável. Os educadores, os jovens, todos enfim, devem unir-se num movimento firme e pacífico, em prol da não-violência, da paz e da justiça no mundo.
O QUE É VIOLÊNCIA?

A violência deve ser entendida como um conceito amplo. Em geral, quando se fala em violência muitas pessoas pensam logo no caso particular do assaltante, no ladrão, naquele criminoso que prejudica bens ou agride pessoas. Mas se esquecem da violência institucional que pode nascer de um sistema político e econômico baseado na exploração do homem, onde poucos se enriquecem às custas da miséria de muitos. Nesta violência generalizada de um sistema político temos uma ação talvez mais perigosa, cruel e opressiva do que a ação violenta individual de alguns seres desajustados.
Para que o homem viva em harmonia com a natureza, é preciso que este saiba respeitá-la.
O conceito de violência aplica-se não somente às ações que ofendem a sociedade. Também podemos falar de uma violência do homem contra a natureza e de uma violência do homem contra si mesmo. A primeira consiste nas agressões contra o meio ambiente, contrariando os princípios da ecologia. A segunda consiste nas agressões que o homem pratica contra sua prórpia natureza física e psíquica, quando desenvolve vícios morais.
É nesse sentido abrangente que vamos analisar a violência. Encarando-a como todo o desrespeito, resultante de uma prática irresponsável contra a sociedade, a natureza e o próprio agente violento.

OS VÁRIOS TIPOS DE VIOLÊNCIA
Os vários tipos de violência podem ser classificadas de acordo com três critérios básicos: origem, destinatário e forma.

Origem da violência

Quanto à origem da violência, podemos distinguir a ação vinda de um indivíduo, ou de grupos de indivíduos, da ação gerada por instituições sociais ou sistemas políticos:
A ação violenta de tipo individual é a responsável por diversos crimes hoje tão frequentes, principalmente nas grandes cidades. Há um fator que se destaca entre os componentes associados à alta incidência do crime urbano: a baixa condição sócio-econômica do criminoso. De fato, a miséria social é um dos fatores que mais colaboram para gerar condições favoráveis ao crime.

Equilibrar a necessidade de segurança policial com a desnecessidade de violência é um objetivo que ainda permanece distante, mas que deve sempre ser perseguido pelos órgãos policiais.
Nas grandes cidades, um problema que tem preocupado a população é a maneira como a polícia age no combate ao crime. Por um lado, temos o despoliciamento de inúmeras áreas, favorecendo a ação livre dos marginais e aumentando o clima de insegurança do cidadão. Por outro, lado o cidadão também se sente inseguro quando toma conhecimento de que alguns policiais cometem vários excessos no exercício de sua função. A violência da polícia torna-se, então, mais uma fonte de insegurança para o cidadão comum.
A ação violenta de instituições ou sistemas políticos tem um alcance bem maior do que a violência de tipo individual, pois provoca sofrimentos generalizados a milhões de pessoas pobres em todo mundo. Como exemplo desse tipo de institucional de violência, podemos citar: os salários de fome, o desamparo à educação, o preconceito de raça, cor ou sexo, as pessoas desempregadas passando fome. Enfim, todas as formas de opressão de um povo "sem vez" e ainda "sem voz".

À medida que o tempo passa, as pessoas parecem se tornar mais ambiciosas e cegas, que em sua maioria, já não conseguem mais ver os problemas sociais que estão estampados para qualquer um ver.
Destinatário da violência

Quanto ao destinatário, a violência pode ser praticada contra o próprio agente, a sociedade ou a natureza:
Suicídio: Violência contra si próprio.
A violências contra si próprio incluem todos os tipos de auto-desrespeito em relação à natureza humana. elas implicam sempre em atos de fechamento e anulação de si mesmo, em mutilação de nossas reais potencialidade, em fuga da vida tendo como consequência a procura, lenta ou brusca, da destruição e da morte. O suicídio é o exemplo extremo da violência contra si mesmo. Nesse grupo também se enquadram, por exemplo, o viciado em drogas, o alienado político e o dominado pelo sexo. Enfim, todas as pessoas que, de forma consciente ou inconsciente, impedem seu próprio crescimento enquanto seres vivos.
A violência contra a sociedade pode ter como alvo a pessoa humana, os bens materiais ou as instituições. Essa modalidade de violência abrange os diversos crimes punidos pelo Direito Penal, como o homicídio, a calúnia, o roubo, o estelionato, o estupro ou o comércio de entorpecentes. É importante destacarmos que a violência criminal é encarada como uma ofensa para a sociedade e não exclusivamente à vítima. Por isso, quando alguém pratica homicídio não compete aos parentes ou amigos da vítima punir o criminoso. O crime tem caráter público e não privado. Portanto, compete ao Estado, como representante da sociedade, o direito e o dever de punir os criminosos.
Roubo: Violência contra a sociedade.
A violência contra a natureza abrange todas as formas de utilização irrecional do meio ambiente movidas, em geral, pela ganância econômica, que visa apenas lucros imediatistas. As brutas intervenções do homem contra o mund natural provocam sérios desequilíbrios ecológicos e, mais cedo ou mais tarde, afetarão o homem.
Hoje, já sentimos os terríveis efeitos das poluições atmosférica, das águas e do solo. Tais efeitos estão anos alertar de que já é tempo de encararmos a natureza com mais respeito. Do contrário, a Terra será um planeta definitivamente inabitável para as gerações futuras.

FORMAS DE VIOLÊNCIA


  • Violências brutais são aquelas de caráter sanguinário, ostensivo, exibicionista, exteriorizado, ou seja, são as violências dos assaltos, das guerras, dos homicídios, das torturas físicas e psíquicas. Essas violências são também chamadas de violências declaradas ou vermelhas.
  • Violências opressivas são aquelas silenciadas, interiorizadas, sutis, defarçadas, ou seja, são as violências dos sistemas políticos, das classes dominantes que instituem regimes de exploração humana.
Poluição atmosférica: Violência contra a natureza.
"A brutalidade caracteriza, em geral, a violência dos fracos. A violência dos poderosos é a opressão, ela age com calma, frieza, com técnicas definidas.
As violências opressivas são mais perigosas do que as violências brutais. Diante delas, o indivíduo está mais desemparado do que diante das violências brutais, por isso que elas apoderam-se dele em estado menos consciente. Comumente, as violências opressivas não falam propriamente, apenas sugerem; elas não ameaçam, elas anestesiam; elas não atacam abertamente, elas exploram o que há de mais elevado e o que há de mais baixo no ser humano; elas não brigam, elas fazem cúmplices; elas não exibem cara enfezada e impaciente de carrasco, elas mostram semblante alegre e tranquilo de jovem bela. Podem parecer inofensivas, mas na realidade alienam, despersonalizam e desumanizam mais profundamente do que as violências brutais."

AS DIFERENTES REAÇÕES À VIOLÊNCIA

Passividade perante a violência

Muitos homens, em face da violência opressiva da miséria, da fome e das injustiças, permanecem estáticos e passivos. Esperam pacientemente um futuro melhor, dizem que confiam em Deus, mas não reúnem coragem e confiança para agir com suas próprias forças e lutar por melhores dias. A maioria está paralisada pelo medo de perder o pouco ou muito quepossuem. Esses homens consideram-se impotentes e esmagados pela gigantesca engrenagem social adversa. Por isso, procuram conformar-se com a situação em que vivem e aceitam o seu destino de "sofredores". Às vezes põem a culpa em Deus, com frase do tipo: "esta é a cruz que Deus me deu para carregar".
"Violência só gera mais violência"

Resposta violenta à violência

No lado oposto aos passivos, encontram-se os revoltados violentos. Já cansados de procurar remédio para a opressão ou a brutalidade de que são vítimas, muitos apelam para o recurso violento como meio de combater as injustiças. Mas a história tem demonstrado que as vitórias alcançadas por este caminho são, quase sempre, parciais ou ilusórias. No fundo, o caminho violento encerra uma profunda contradição: não podemos conquistar uma paz autêntica e duradoura, utilizando como remédio o próprio mal que combatemos. O fogo não se combate com fogo. O abuso da violência não traz soluções permanentes porque, como sabemos, a violência gera mais violência.

O caminho da não-violência ativa

O caminho que parece ser o mais válido para o combate à violência, embora árduo e difícil, é o caminho da não-violência ativa. Este caminho tem como objetivo promover uma revolução humana interior, a revolução no coração do revolucionário e, com isso, conseguir a mudança profunda do mundo exterior.
A violência altera o mundo espalhando medo e horror. A não-violência age através do poder de comover as pessoas, de despertar a voz da consciência moral muitas vezes abafada em nós.
Mahatma Gandhi, uma vida dedicada à não-violência
A não-violência consiste principalmente em pôr o adversário em situação moral de inferioridade. Se o torturador encapuza sua vítima, não é apenas porque ele não quer ser reconhecido mais tarde, é também porque não suporta o olhar de quem ele massacra. O não-violento é aquele que ataca o agressor no campo do espírito, isto é, no plano do pensamento, da inteligência, da razão, da consciência. Considera seu adversário como um ser racional e, por este motivo, usa armas do Espírito que são a Verdade e o Amor.

  "A alternativa da não-violência não se resume em mero repúdio aos métodos violentos. Nossa atitude não pode ficar apenas em palavras ou em discursos de denúncia."


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