Diversidade Cultural

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sons embaixo d’água


Como os golfinhos sabem o que há em sua frente e atrás, mesmo tendo uma visão pouco aguçada e pelo fato de viver em águas escuras? De que forma descobre comida? Ou o lugar onde estão os predadores?
Esses mamíferos não são como gatos, que têm olhos adaptados para enxergar no escuro, bigodes e pêlos que os ajudam a saber o que se passa no breu. Eles tampouco apresentam braços como nós, seres humanos, para tatear a escuridão. Por outro lado, esses mamíferos possuem algo de dar inveja a muito bicho por aí: um sofisticado sistema de comunicação e localização por meio de sons.
Talvez você não saiba, mas os ancestrais dos golfinhos viviam no ambiente terrestre. No entanto, há milhões de anos, eles passaram a habitar o meio aquático. Uma das especializações que os golfinhos desenvolveram para sobreviver embaixo d’água foi justamente esse sistema de comunicação e de localização por meio de sons.
Como ele funciona? Os golfinhos têm um orifício no topo da cabeça, chamado espiráculo. Ele permite que esses animais aquáticos respirem facilmente quando vêm AA superfície. Poderíamos comparar esse orifício ao nosso nariz, mas nunca chamá-lo assim, porque ele tem um nome específico. Além de respirar por meio do espiráculo, é por aí que os golfinhos emitem os seus sons.
Mas não pense que os golfinhos, com alguns mamíferos terrestres, geram sons por terem cordas vocais. Na verdade, eles apresentam uma série de sacos, câmaras e pregas dentro do canal do espiráculo. O ar que vem dos pulmões passa por eles e gera, assim, os mais variados tipos de sons. Para ficar fácil de entender, imagine pequenos balões soltando ar e produzindo sons variados.

Fiu-fiu!

Os golfinhos geram vários tipos de sons. Os pesquisadores acreditam que alguns deles são usados para esses animais se comunicarem. Os golfinhos emitiriam sons, por exemplo, para alertar os companheiros sobre a presença de perigo, para avisá-los de que há comida por perto ou para contar qual é a sua posição e identidade.


O som mais conhecido dos golfinhos é chamado de assobio. Como o próprio nome diz, esse som parece com o assobio humano. Estudos mostram que ele costuma ser usado nas mais diversas situações. A mamãe golfinho pode soltar um assobio para chamar o filhote que está em perigo. Além desse tipo de assobio, sabe-se que algumas espécies de golfinhos apresentam um assobio próprio, individual. Ele serve para que o golfinho possa ser conhecido pelos outros. Mas não é só. Esses mamíferos aquáticos produzem também outro tipo de som que foi percebido apenas após muito estudo: os sons de ecolocação.
Algumas espécies de golfinhos especializaram-se na técnica de ecolocação. O golfinho-do-rio-ganges, da Índia, é quase cego e, para completar, vive em rios de água escura e barrenta.

Ultra-som

Os sons de ecolocação têm a freqüência muito alta: podem atingir mais de 100 kHz. Como nós, seres humanos, só escutamos sons com freqüência de até 20 kHz, não conseguimos ouvi-los. Por essa razão, eles são chamados de ultra-sons.
Podemos ouvir alguns "assobios" dos golfinhos.
Mas o som de ecolocação, que eles usam para se
localizar e ajudar na captura de alimento, não são
percebidos por ouvidos humanos.

Os ultra-sons também são gerados na cabeça dos golfinhos, mas não somente no espiráculo. Eles são direcionados com o auxílio de uma estrutura chamada melão – a ‘testa’ do golfinho –, que fica localizada acima do rostro – o ‘focinho’ do golfinho –, entre a boca e o espiráculo.
O melão é formado por um tipo de tecido adiposo, isto é, formado por gordura. Ele funciona como uma lente e direciona os sons para certo objeto. Os sons atingem o objeto, são refletidos e voltam para a cabeça do golfinho na forma de ecos. Eles entram através da mandíbula e são transmitidos ao cérebro. Assim, o golfinho pode saber onde o objeto se encontra, como ele é, qual é seu tamanho.

Hora da pescaria

Não é preciso pensar muito para apontar como os sons de ecolocação podem ser usados no dia-a-dia dos golfinhos. Na alimentação, é claro! Esse tipo de som permite que os golfinhos localizem peixes e outras presas.
Peixes rápidos ou muito pequenos não são problema. Afinal, os golfinhos contam com a ajuda da física na pescaria. Dentro d’água os sons têm uma velocidade maior do que no ar, porque a água é mais densa do que o ar, isto é, tem mais moléculas por volume. A velocidade dos sons na ecolocação é de 1400 metros por segundo. Eles chegam rapidamente até o peixe e voltam para o golfinho. Dessa forma, esse mamífero recebe depressa informações da distância em que sua presa está e do tamanho dela, por exemplo.

Golfinho nariz-de-garrafa (Tursiops truncatus). ele é também
conhecido com Flipper, por causa do filme de mesmo nome.


Como podemos perceber, os sons são importantíssimos para os golfinhos. Por causa disso, esses animais – da mesma forma que as baleias – são muito sensíveis a qualquer som. Então imagine o que acontece quando barcos, lanchas ou jet-skis passam perto deles! O barulho desses veículos incomoda muito aos golfinhos.
Embora procurem viver em locais calmos, sobretudo quando há filhotes no grupo, nem sempre os golfinhos conseguem fugir da algazarra. Portanto, aviso aos navegantes: em mares ou rios onde há esses animais, silêncio!

Vida de golfinho

Entre as várias espécies de golfinhos que existem, a mais conhecida e estudada é o flipper, como é chamada em outros países. No Brasil, ele recebe o nome de boto-da-tainha ou golfinho nariz-de-garrafa.
O golfinho nariz-de-garrafa tem esse nome porque o seu rosto é curto e grosso, enquanto o dos outros golfinhos é longo. Os cientistas os chamam de Tursiops truncatus, que significa “animal tipo golfinho de face truncada ou cortada”.


Os golfinhos têm corpo alongado e apresentam diversas nadadeiras. A dorsal – localizada nas costas do animal – serve para dar equilíbrio. A nadadeira caudal impulsiona o golfinho e permite que ele nade em alta velocidade. Já a peitoral auxilia no direcionamento do golfinho durante o nado e também no seu equilíbrio.
Os golfinhos têm dentes e se alimentam de peixes, lulas e crustáceos. Muitas vezes, eles caçam juntos para obter melhores resultados. Esses animais gostam de viver em grupos, que, às vezes, são pequenos, às vezes, grandes.
Quando um filhote de golfinho nasce, ele precisa ser amamentado e protegido pela sua mãe. Depois, ela o ensinará a capturar seu alimento, a se orientar no ambiente, a se relacionar com outros golfinhos e a fazer diversas outras atividades importantes para a sobrevivência.
Aposto como você sempre se perguntou por que os golfinhos gostam tanto de brincar, pular na água e namorar. É dessa forma que os filhotes aprendem e ainda divertem-se a valer!

Um comentário:

  1. Os golfinhos são criaturas fascinantes. Falar de um animal assim é como falar de um familiar, pois são dóceis e amigáveis, não porque o homem soube domesticá-lo, mas porque eles necessitam de convivência, dessa interação com os humanos. Os golfinhos são SHOW!!!

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