Diversidade Cultural

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É preciso que saibamos respeitar as diferenças!!!!

Bem vindos ao Blog da Tolerância!

Rico em imagens e conteúdo informativo e educativo, o Blog da Tolerância tenta passar para os leitores, a importância do simples ato de respeitar e tolerar as diferenças, sejam elas, econômicas, sociais, religiosas e referente à orientação sexual. O mundo precisa de pessoas mais tolerantes e compreensivas!!!

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Os tóxicos e a juventude


Há uma ou duas décadas atrás, o abuso de drogas era associado geralmente à pobreza e/ou marginalidade social. Por isso, era comum relacioná-lo com a privação. Agora, quando muitos jovens usuários de drogas provêm de famílias abastadas que têm dado a eles todas as possibilidades e recursos disponíveis, a ideia de privação nos parece algo absurda. Dizemos algo, porque na verdade é necessário pensar o que realmente significa privação. Muitos jovens que, aparentemente, dispõem de tudo sob o ponto de vista material, podem estar com um enorme deficiência daquilo que é mais necessário para o crescimento saudável: amor, compreensão e carinho. Aqueles que alegam que usam drogas porque vivem constantemente "chateados" estão realmente querendo dizer que eles estão deprimidos e apáticos porque faltam-lhes atividades interessantes que sejam realmente motivadoras e atraentes. Por outro lado, os que afirmam que usam as drogas para combater o "stress" ou tensão, estão querendo dizer que os problemas são uma sobrecarga quase insuportável e eles não conhecem nenhuma outra maneira de contorná-los, a não ser através dos tóxicos. Os que tomam as drogas como estimulantes (para se sentirem "altos") mostram que na nossa sociedade atual existem poucas oportunidades para puras e estimulantes alegrias dentro da monotonia da vida diária de cada um.
Nos países subdesenvolvidos, muitos jovens usam drogas porque se julgam marginalizados sem possibilidades de bons empregos e estudos. São os "pivetes", marginais de uma camada pobre da sociedade que coloca a criança, desde a mais tenra idade da compreensão, em contato com um mundo cruel e desumano, onde alguns poucos têm tudo ou quase tudo, e outros, os favelados e menores abandonados, não têm nada, ou quase nada.
Nos países em desenvolvimento, onde a situação social já é algo melhor, muitos jovens usam drogas, porque se sentem frustrados em suas aspirações e anseios. O "funil" dos exames vestibulares coloca milhares e milhares de jovens à margem dos estudos superiores. E esta legião de desiludidos frustrados e, potencialmente, um enorme fervedouro de usuários de drogas.
Nos países desenvolvidos e ricos, onde materialmente a maioria dos jovens têm quase tudo o que a moderna tecnologia pode lhes fornecer, nem por isso há menor número de usuários de drogas. Neste caso, o argumento já é, ao contrário, o aborrecimento de uma vida sem motivações reais, excesso de lazer e de conforto, uma sociedade de desperdício. O uso de drogas para esses jovens é muito mais um sinal de tédio de uma vida sem sentido e sem maiores aspirações.
Portanto, querer colocar o abuso de drogas no contexto da privação social é um ponto de vista completamente discriminatório e distorcido. Mesmo em países de mais elevado equilíbrio econômico e social. O problema existe e é grave.
Qualquer que seja a razão alegada pelos jovens para usarem as drogas, todos eles expressam, direta ou indiretamente, a necessidade de uma orientação por parte de seus pais e/ou educadores. eles (os jovens) têm muitas perguntas sobre as drogas, sobre si próprios e também a respeito do mundo onde vivem. Estas perguntas necessitam ser respondidas em cooperação com os adultos que respeitam os pontos de vista dos moços, que tenham uma boa perspectiva do problema e também um bom conhecimento sobre as drogas em geral.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FALANDO SOBRE VIOLÊNCIA...

A VIOLÊNCIA NO MUNDO

Numa sociedade dominada pela violência a guerra, em forma de brincadeira, invade o mundo infantil.
A violência em nosso mundo assumiu proporções assustadoras. Em todos os lugares, em todas as direções podemos sentir sua terrível presença. Assistindo televisão, ouvindo rádio, lendo jornal, tomamos contato diário com notícias de crime, mortes destruições. Gerras explodem utilizando armas cada vez mais sofisticadas, gupos odeiam-se e agridem-se de forma sanguinária, populações morrem de fome vítimas da exploração econômica. Além dessas violências brutais, estamos cercados pela violência neurótica do dia a dia. A violência que ofende e mata no trânsito, que torna estúpidas as conversas, que invade as casas destruindo a harmonia familiar. Tudo isso, sem falarmos na violência do sistema político, a violência do alto custo da vida, da exploração do trabalho humano, do desamparo à saúde pública, dos baixos e aviltantes salários.
Todas essas violências contaminam nossas vidas e é preciso fazer alguma coisa para mudar essa situação desalentadora. Já está na hora de trilharmos o caminho da paz, antes que a violência nos domine de forma irrecuperável. Os educadores, os jovens, todos enfim, devem unir-se num movimento firme e pacífico, em prol da não-violência, da paz e da justiça no mundo.
O QUE É VIOLÊNCIA?

A violência deve ser entendida como um conceito amplo. Em geral, quando se fala em violência muitas pessoas pensam logo no caso particular do assaltante, no ladrão, naquele criminoso que prejudica bens ou agride pessoas. Mas se esquecem da violência institucional que pode nascer de um sistema político e econômico baseado na exploração do homem, onde poucos se enriquecem às custas da miséria de muitos. Nesta violência generalizada de um sistema político temos uma ação talvez mais perigosa, cruel e opressiva do que a ação violenta individual de alguns seres desajustados.
Para que o homem viva em harmonia com a natureza, é preciso que este saiba respeitá-la.
O conceito de violência aplica-se não somente às ações que ofendem a sociedade. Também podemos falar de uma violência do homem contra a natureza e de uma violência do homem contra si mesmo. A primeira consiste nas agressões contra o meio ambiente, contrariando os princípios da ecologia. A segunda consiste nas agressões que o homem pratica contra sua prórpia natureza física e psíquica, quando desenvolve vícios morais.
É nesse sentido abrangente que vamos analisar a violência. Encarando-a como todo o desrespeito, resultante de uma prática irresponsável contra a sociedade, a natureza e o próprio agente violento.

OS VÁRIOS TIPOS DE VIOLÊNCIA
Os vários tipos de violência podem ser classificadas de acordo com três critérios básicos: origem, destinatário e forma.

Origem da violência

Quanto à origem da violência, podemos distinguir a ação vinda de um indivíduo, ou de grupos de indivíduos, da ação gerada por instituições sociais ou sistemas políticos:
A ação violenta de tipo individual é a responsável por diversos crimes hoje tão frequentes, principalmente nas grandes cidades. Há um fator que se destaca entre os componentes associados à alta incidência do crime urbano: a baixa condição sócio-econômica do criminoso. De fato, a miséria social é um dos fatores que mais colaboram para gerar condições favoráveis ao crime.

Equilibrar a necessidade de segurança policial com a desnecessidade de violência é um objetivo que ainda permanece distante, mas que deve sempre ser perseguido pelos órgãos policiais.
Nas grandes cidades, um problema que tem preocupado a população é a maneira como a polícia age no combate ao crime. Por um lado, temos o despoliciamento de inúmeras áreas, favorecendo a ação livre dos marginais e aumentando o clima de insegurança do cidadão. Por outro, lado o cidadão também se sente inseguro quando toma conhecimento de que alguns policiais cometem vários excessos no exercício de sua função. A violência da polícia torna-se, então, mais uma fonte de insegurança para o cidadão comum.
A ação violenta de instituições ou sistemas políticos tem um alcance bem maior do que a violência de tipo individual, pois provoca sofrimentos generalizados a milhões de pessoas pobres em todo mundo. Como exemplo desse tipo de institucional de violência, podemos citar: os salários de fome, o desamparo à educação, o preconceito de raça, cor ou sexo, as pessoas desempregadas passando fome. Enfim, todas as formas de opressão de um povo "sem vez" e ainda "sem voz".

À medida que o tempo passa, as pessoas parecem se tornar mais ambiciosas e cegas, que em sua maioria, já não conseguem mais ver os problemas sociais que estão estampados para qualquer um ver.
Destinatário da violência

Quanto ao destinatário, a violência pode ser praticada contra o próprio agente, a sociedade ou a natureza:
Suicídio: Violência contra si próprio.
A violências contra si próprio incluem todos os tipos de auto-desrespeito em relação à natureza humana. elas implicam sempre em atos de fechamento e anulação de si mesmo, em mutilação de nossas reais potencialidade, em fuga da vida tendo como consequência a procura, lenta ou brusca, da destruição e da morte. O suicídio é o exemplo extremo da violência contra si mesmo. Nesse grupo também se enquadram, por exemplo, o viciado em drogas, o alienado político e o dominado pelo sexo. Enfim, todas as pessoas que, de forma consciente ou inconsciente, impedem seu próprio crescimento enquanto seres vivos.
A violência contra a sociedade pode ter como alvo a pessoa humana, os bens materiais ou as instituições. Essa modalidade de violência abrange os diversos crimes punidos pelo Direito Penal, como o homicídio, a calúnia, o roubo, o estelionato, o estupro ou o comércio de entorpecentes. É importante destacarmos que a violência criminal é encarada como uma ofensa para a sociedade e não exclusivamente à vítima. Por isso, quando alguém pratica homicídio não compete aos parentes ou amigos da vítima punir o criminoso. O crime tem caráter público e não privado. Portanto, compete ao Estado, como representante da sociedade, o direito e o dever de punir os criminosos.
Roubo: Violência contra a sociedade.
A violência contra a natureza abrange todas as formas de utilização irrecional do meio ambiente movidas, em geral, pela ganância econômica, que visa apenas lucros imediatistas. As brutas intervenções do homem contra o mund natural provocam sérios desequilíbrios ecológicos e, mais cedo ou mais tarde, afetarão o homem.
Hoje, já sentimos os terríveis efeitos das poluições atmosférica, das águas e do solo. Tais efeitos estão anos alertar de que já é tempo de encararmos a natureza com mais respeito. Do contrário, a Terra será um planeta definitivamente inabitável para as gerações futuras.

FORMAS DE VIOLÊNCIA


  • Violências brutais são aquelas de caráter sanguinário, ostensivo, exibicionista, exteriorizado, ou seja, são as violências dos assaltos, das guerras, dos homicídios, das torturas físicas e psíquicas. Essas violências são também chamadas de violências declaradas ou vermelhas.
  • Violências opressivas são aquelas silenciadas, interiorizadas, sutis, defarçadas, ou seja, são as violências dos sistemas políticos, das classes dominantes que instituem regimes de exploração humana.
Poluição atmosférica: Violência contra a natureza.
"A brutalidade caracteriza, em geral, a violência dos fracos. A violência dos poderosos é a opressão, ela age com calma, frieza, com técnicas definidas.
As violências opressivas são mais perigosas do que as violências brutais. Diante delas, o indivíduo está mais desemparado do que diante das violências brutais, por isso que elas apoderam-se dele em estado menos consciente. Comumente, as violências opressivas não falam propriamente, apenas sugerem; elas não ameaçam, elas anestesiam; elas não atacam abertamente, elas exploram o que há de mais elevado e o que há de mais baixo no ser humano; elas não brigam, elas fazem cúmplices; elas não exibem cara enfezada e impaciente de carrasco, elas mostram semblante alegre e tranquilo de jovem bela. Podem parecer inofensivas, mas na realidade alienam, despersonalizam e desumanizam mais profundamente do que as violências brutais."

AS DIFERENTES REAÇÕES À VIOLÊNCIA

Passividade perante a violência

Muitos homens, em face da violência opressiva da miséria, da fome e das injustiças, permanecem estáticos e passivos. Esperam pacientemente um futuro melhor, dizem que confiam em Deus, mas não reúnem coragem e confiança para agir com suas próprias forças e lutar por melhores dias. A maioria está paralisada pelo medo de perder o pouco ou muito quepossuem. Esses homens consideram-se impotentes e esmagados pela gigantesca engrenagem social adversa. Por isso, procuram conformar-se com a situação em que vivem e aceitam o seu destino de "sofredores". Às vezes põem a culpa em Deus, com frase do tipo: "esta é a cruz que Deus me deu para carregar".
"Violência só gera mais violência"

Resposta violenta à violência

No lado oposto aos passivos, encontram-se os revoltados violentos. Já cansados de procurar remédio para a opressão ou a brutalidade de que são vítimas, muitos apelam para o recurso violento como meio de combater as injustiças. Mas a história tem demonstrado que as vitórias alcançadas por este caminho são, quase sempre, parciais ou ilusórias. No fundo, o caminho violento encerra uma profunda contradição: não podemos conquistar uma paz autêntica e duradoura, utilizando como remédio o próprio mal que combatemos. O fogo não se combate com fogo. O abuso da violência não traz soluções permanentes porque, como sabemos, a violência gera mais violência.

O caminho da não-violência ativa

O caminho que parece ser o mais válido para o combate à violência, embora árduo e difícil, é o caminho da não-violência ativa. Este caminho tem como objetivo promover uma revolução humana interior, a revolução no coração do revolucionário e, com isso, conseguir a mudança profunda do mundo exterior.
A violência altera o mundo espalhando medo e horror. A não-violência age através do poder de comover as pessoas, de despertar a voz da consciência moral muitas vezes abafada em nós.
Mahatma Gandhi, uma vida dedicada à não-violência
A não-violência consiste principalmente em pôr o adversário em situação moral de inferioridade. Se o torturador encapuza sua vítima, não é apenas porque ele não quer ser reconhecido mais tarde, é também porque não suporta o olhar de quem ele massacra. O não-violento é aquele que ataca o agressor no campo do espírito, isto é, no plano do pensamento, da inteligência, da razão, da consciência. Considera seu adversário como um ser racional e, por este motivo, usa armas do Espírito que são a Verdade e o Amor.

  "A alternativa da não-violência não se resume em mero repúdio aos métodos violentos. Nossa atitude não pode ficar apenas em palavras ou em discursos de denúncia."


terça-feira, 24 de agosto de 2010

A EPIDEMIA DAS DROGAS

O abuso das drogas pode levar o viciado a um confuso labirinto de fortes sensações depressivas.
O uso de drogas pelo homem é fenômeno tão antigo que sua origem se perde nas sombras remotas do passado. O alívio da dor, a busca de contatos com espíritos protetores, o tratamento das enfermidades são alguns dos motivos que, ao longo da história, levaram o ser humano a utilizar drogas. Mas esta utilização limitava-se, basicamente, a determinadas cerimônias mágico-religiosas ou ao objetivo medicinal. Além dessas atividades, o uso de drogas, como vício individual ou coletivo, era bastante incomum e encontrado somente em raros grupos sociais. Nos dias atuais, entretanto, o uso de drogas adquiriu enormes proporções em relação ao passado. O crescente números de viciados e a grande quantidade de drogas produzidas no mundo inteiro testemunham esse fato.


Em diversos países, o abuso de drogas está-se espalhando como uma verdadeira "doença social epidêmica". Para que haja uma epidemia de uma moléstia qualquer, é necessário a existência de três fatores: o agente contagiante (micróbio), o hospedeiro (indivíduo afetado) e o meio propício (ambiente adequado). Nas toxicomanias esses três fatores também estão presentes, e são representados, respectivamente, pela droga, pelo homem e pelo ambiente social.
Como reconhece a própria OMS (Organização Mundial de Saúde), o consumo de drogas, no agitado mundo moderno, vai ganhando dimensões assustadoras. Não mais se restringe a grupos excêntricos e isolados. Alastra-se perigosamente por diversos setores da sociedade, atingindo principalmente os jovens, dos mais diversos níveis de instrução, desde estudantes universitários até crianças de curso primário.
Antes, o abuso de drogas era quase que limitado aos marginais da sociedade, criminosos e prostitutas. Hoje, praticamente, ele ataca em onda avassaladora, todas as camadas sociais. O que antes era um fenômeno tipicamente urbano, afetando sobretudo os bairros pobres e as favelas, está alcançando agora até mesmo as pequenas cidades do interior do país e suas área rurais.
Em face deste triste quadro, é preciso que todos nós, jovens e velhos, estudantes e educadores, tenhamos um mínimo conhecimento científico sobre as drogas em geral e seu efeitos para que possamos, com seriedade, contribuir na solução desse grave problema social.

Criança fumando crack, no estado do Rio de Janeiro. 

OS DIVERSOS TIPOS DE PSICOTRÓPICOS

O termo psicotrópico serve para designar, em sentido amplo, todas as substâncias que têm o poder de agir sobre a mente. de modo mais preciso, podemos dizer que são substâncias capazes de afetar o sistema nervoso central, alterando a atividade psíquica e o comportamento do indivíduo.
Os psicotrópicos podem ser divididos em três grandes grupos: os psicolépticos, os psicoanalépticos e os psicodislépticos.


  • Os psicolépticos são substâncias que reduzem a atividade mental. em geral, provocam sono e diminuem as tensões nervosas. Entre os psicolépticos estão os barbitúricos (produzem sono), os neurolépticos (diminuem os reflexos condicionados) e os tranquilizantes em geral.
  • Os psicoanalépticos são substâncias que aumentam a atividade mental. Promovem os estado de alerta, diminuindo o tempo de sono, e combatem a fadiga, melhorando a disposição física. Entre os psicoanalépticos destacam-se as anfetaminas, mais conhecidas como "bolinhas", que são estimulantes da insônia (estado de vigília).
  • Os psicodislépticos são substâncias que provocam distorções e irregularidade na atividade mental. entre os psicodislépticos destacam-se os alucinógenos como: LSD (ácido lisérgico), mascalina, maconha, psicolina etc.
O HÁBITO E O VÍCIO DOS TÓXICOS

A toxicomania, segundo a OMS, pode ser definida como o gosto pela intoxicação periódica ou crônica, nociva ao indivíduo e à sociedade, alimentado pelo consumo repetido de uma droga natural ou sintética. Atualmente a OMS aconselha substituir o termo toxicomania pela expressão farmacodependência, que é tecnicamente mais adequada.
Podemos distinguir dois tipos básicos de farmacodependência: o vício e o hábito.
O vício caracteriza-se pela dependência física em relação à droga e é muito mais grave e prejudicial que o hábito. O viciado torna-se um verdadeiro escravo da droga, passando a depender dela de forma desesperada. O impulso para consegui-la é irresistível, porque seu organismo está fisicamente dominado pelo vício. Na falta da droga, o viciado pode apresentar a chamada "síndrome de abstinência", marcada por intensas reações psíquicas e convulsões orgânicas. Exemplo: o vício da heroína, o vício da cocaína etc.
O hábito caracteriza-se pela dependência psicológica em relação à droga. O indivíduo tem um forte desejo de utilizar a droga, sente-se emocionalmente insatisfeito sem ela, mas seu organismo não depende necessariamente do psicotrópico. Exemplo: o hábito de ingerir, moderadamente, bebidas alcoólicas.

CAUSAS QUE LEVAM ÀS DROGAS

São diversas as causas que levam o ser humano, em nossos dias, ao abuso de drogas. estas causas estão relacionadas a fatores de ordem pessoal e social característicos de nossa época.

A pressão do grupo e o desejo de integração

Todo ser humano que convive em sociedade sente o desejo natural de ser aceito pelo grupo. esse desejo de aceitação é acentuado no jovem que mal acaba de sair dos primeiros grupos sociais (família e escola), para ingressar em outros núcleos de convivência (trabalho, clube, baile etc).
A adequada integração do jovem na sociedade é condição
básica para uma personalidade equilibrada e sadia.
Uma das condições básicas para ser aceito é não contrariar as normas e hábitos já existentes no grupo. Assim, todo aquele que se rebela contra uma tendência dominante num determinado grupo social vai encontrar resistência para ser aceito. O grupo pressiona o indivíduo de várias maneiras para que ele aceite suas regras. aqueles que se conformam com elas são integrados, os que se revoltam são repelidos. No caso das drogas, veja como funciona esse mecanismo:
É comum, em todo grupo de jovens, surgir rapazes ou moças contando alguma experiência contrária aos usos e costumes da maior parte da sociedade. Às vezes, grupos são organizados a partir da realização de "experiências proibidas" no campo do sexo, dos tóxicos etc. Nesses grupos, constituídos em geral por pessoas imaturas, fazer algo proibido é uma forma de "contestação", de demonstrar comportamentos "avançados".
Quando certos jovens, psicologicamente frágeis, encontram grupos onde já existe o consumo de drogas pode ocorrer o seguinte processo: de um lado, os viciados pressionam o jovem a experimentar a droga, querem envolvê-lo em seu ritual auto-destrutivo; do outro lado, o jovem sente a necessidade de ser aceito, porque muito provavelmente tem problemas emocionais, dificuldades de relacionamento familiar etc. É pela confluência das pressões dos viciados e do anseio de integração do iniciante que muitos jovens entram no triste caminho do consumo das drogas.

Os jovens são, por sua própria natureza e pelo período que atravessam, curiosos e imitadores.
A curiosidade

A curiosidade é um dos mais importantes fatores que motivam o uso de drogas, principalmente entre os jovens.
Os jovens são, por sua própria natureza e pelo período que atravessam (adolescência), curiosos e imitadores. Quando certas notícias são espalhadas sensacionalmente, de maneira errônea ou inadequada, muitos tentam imitar ou reproduzir aquilo que ouviram falar, muitas vezes sem saber o que estão fazendo. No caso das drogas é mais ou menos comum a divulgação de informações falsas falando de "paraísos artificiais", aumento da criatividade, desenvolvimento de percepção etc. Essas são informações totalmente sem base científica, mas iludem muitos jovens ingênuos e despreparados. Atraídos pela curiosidade, eles resolvem experimentar a droga por simples brincadeira, depois consentem em repetir a experiência e, quando percebem, já estão em pleno caminho do vício.

A tentativa de fugir dos problemas


Boa parte do consumo de drogas se explica como uma fuga fácil dos problemas da vida.
Doenças, desemprego, dificuldades materiais, decepções amorosas, fracasso nos estudos e conflitos familiares são algum dos problemas que têm levado inúmeros espíritos fracos ao uso de drogas. As pessoas desprovidas de personalidade moralmente forte e decidida não conseguem suportar e superar os dramas do cotidiano. Deixam-se, então, abater pelo desespero, pela angústia, pelo medo de enfrentar a vida. E buscam alívio imediato, buscam "remédios" prontos, oferecidos pela sociedade de consumo. Mas, em vez de resolverem o problema que as aflinge, acabam criando outro, para si e para a sociedade: a dependência das drogas.
É interessante notarmos que a vontade íntima de quem busca as drogas não é propriamente fugir, mas encontrar-se, recuperar o equilíbrio um dia perdido. A droga é utilizada como uma espécie de chave para o encontro consigo mesmo. Ocorre que as drogas são chaves falsas. Produzem uma sensação momentânea de bem-estar, uma felicidade relâmpago, que logo desaparece, deixando um profundo sentimento de vazio e depressão.




Digamos NÃO às drogas, para que possamos viver sem conflitos, mortes e desgraça.







A marginalidade e o problema econômico

"Existem dois tipos de pobreza: aquela que, em determinados países, só atinge uma minoria, e aquele que, em outros países, atinge todo mundo, com exceção de uma minoria." 
                               
                                                                                                                                     (John Kenneth Gabraith)
                                                                                                    
A marginalização da maioria da população é, talvez o problema mais grave com que se defronta o Brasil. Entende-se por marginalidade uma situação de não participação no processo econômico, social, político e cultural do país. Obviamente há gaus mais ou menos agudos de marginalização. Também ocorrem casos em que alguns indivíduos, por uma ou outra razão (qualidades pessoais, esforço fora do comum, um golpe de sorte etc.), conseguem escapar da situação de marginalizados. Trata-se, porém, de casos isolados, que não alteram, antes confirmam, a condição geram da maioria.
O problema central dos marginalizados reside no fato de que eles, por si sós, se encontram impossibilitados de sair desta situação. Sua falta de participação no processo histórico do país é fortemente condicionada por fatores estruturais. Sua integração na sociedade nãose dá porque eles não querem, e sim porque eles não podem. Faltam-lhes condições não apenas subjetivas, mas também objetivas.
A ponta inicial da corrente da marginalidade está geralmente na pobreza e na miséria econômicas. Dela se originam as carências alimentares, as dificuladades na escolarização, os obstáculos à ascenção social, as barreiras e limites na participação política, as deficiências em relação à saúde, além de outros malefícios.
O processo de marginalização e exclusão social no país apresenta sintomas generalizados, tanto nas cidades quanto nas zonas rurais: favelização, criminalidade, prostituição, mendicância, desemprego e subemprego, desnutrição ou carências alimentares, debilitamento de saúde pública, menores abandonados ou carentes, condições precárias de habitação e higiene, desagregação familiar, promiscuidade etc.
Muitos marginalizados (índios, posseiros, sem-terra, favelados etc.) têm capacidade de se organizarem e agirem por conta própria em defesa do que consideram ser seus direitos. Necessitam, é verdade, de ajuda, assistência, assessoria, colaboração e apoio, de pessoas e entidades, mas têm condições e cabeça para conduzirem eles próprios suas bandeiras de luta. Deixam de ser objetos. Saem da passividade e do conformismo. Passam, cada vez mais, à condição de sujeitos, também capazes de fazer história. A sociedade civil, inclusive a grande parcela marginalizada já possui um grau de maturidade e capacidade organizacional que lhe permite dispensar o paternalismo, quer do Estado quer de outras entidades. Já tem discernimento bastante para reivindicar soluções adequadas para seus problemas concretos. É preciso superar a visão paternalista que leva numerosos políticos, intelectuais de esquerda e de direita, autoridades e homens de governo a desconhecer o sólido bom senso, a inteligência e capacidade de organização e de ação de que são dotados as pessoas mais simples, principalmente em relaçõa a problemas próximos, cotidianamente sofridos.

Criminalidade

O maior problema brasileiro, hoje, é a miséria do povo. Maior que a dívida externa é a dívida social do regime para com a maioria dos brasileiros, agravada pela política econômica concentradora. A mentalidade economista que domina o governo coloca o problema econômico no centro do debate nacional, ocupando quase todos os espaços. Os indivíduos são considerados principalmente como instrumentos de produção. O governo não tem captado a realidade social em toda a sua extensão e complexidade.
Péssimas condições de higiene e habitação. Infelizmente, no Brasil,
muitas pessoas ainda sofrem com esse problema.
Tem-na desconsiderado, deixando-a em plano secundário, apesar de reiteradas afirmações de que a meta central é o homem. O fato de o problema social não ocupar o centro do debate político evidencia a sua relativa desconsideração. No entanto, não construiremos uma nação verdadeiramente soberana e democrática sem propiciar a ascensão econômica, política e sócio-cultural das camadas pobres e marginalizadas (menos favorecidas). É este o desafio básico da sociedade brasileira.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Comunicação Fútil

Será que todo o avanço técnico dos meios de comunicação colaborou para o engrandecimento espiritual do homem?


Depois que os meios de comunicação explodiram, nas últimas décadas, os profetas de um mundo novo prometerem grandes mudanças, por obra e graça da informação. Feito em primeiro balanço, é fácil verificar que nada mudou basicamente, e os que continuam esperando a salvação pela comunicação têm pela frente toda a eternidade para aguardar. E o milagre não aconteceu simplesmente porque as mudanças foram de ordem quantitativa, não qualitativa. Assim, a "aldeia global" não parece ter alterado o homem, nem mesmo tocado um fio de seus cabelos. Ele é o mesmo de ontem, anterior a Gutemberg e ao telégrafo, e as novidades - milhares de informações por hora, milhões de imagens por dia, centenas de palavras por minuto - não o fizeram  melhor nem pior.

Internet: veículo de comunicação capaz de levar informação à qualquer pessoa e em qualquer lugar do planeta.

Que milagres eram esperados desse acúmulo de informações? Que maravilhas eram previstas, como resultado de uma intensa comunicação entre povos, culturas, civilizações? O homem sempre se comunicou - embora só muito raramente tenha comungado com seu semelhante - e isso em nada mudou seu pobre egocentrismo. A explosão das comunicações alterou as coisas em nível exclusivamente quantitativo.
Vários meios de comunicação: TV, Internet (computador), Jornal, Telefone


Há mais palavras no ar, há mais informações por toda parte, há imagens coloridas em todas coisas. Vemos um automobilista ganhar uma corrida na Europa, no exato momento em que ele cruza o ponto de chegada. Vemos a catástrofe poucas horas depois que ela ocorreu. Vemos a assinatura do acordo de paz no instante em que os estadistas se apertam as mãos. Vemos o mundo acontecer, aqui e agora. Só porque estamos mais ricos de dados, imaginamos que estamos ricos interiormente. Com uma bagagem imensa nas mãos, queremos saber o que fazer com ela.

 
A aquisição de novos conhecimentos tem sua inegável utilidade, desde que esses conhecimentos se apliquem, de algum modo, à obtenção da felicidade humana. Essa acumulação, no entanto pode se tornar um vício alimentado pela procura de segurança interior. A avidez em relação a dados inúteis é doentia. Isso conduz a outro aspecto fascinante da condição humana: a curiosidade. Se nós nos voltamos para as coisas e as pessoas em busca de compreensão, todos os detalhes são importantes porque são peças de um quebra-cabeça imenso. Cada pedra de um mosaico é necessária à harmonia do conjunto.

Se nós não estamos interessados, de um modo pessoal, no sentido das coisas - e essa é a regra geral - os dados que nos chegam são destituídos de importância e não passam de frivolidade. Como se vê, a causa condiciona o efeito.
A explosão dos meios de comunicação, motivo de orgulho de alguns dos veículos responsáveis por ela, em nada mudou o ser humano. A existência desses comunicadores, no entanto, é inegavelmente benéfica, na medida em que cada homem pode constatar que outros homens sentem, sofrem e têm problemas como ele. Além, naturalmente, de adquirir aquelas informações que são necessárias a todo indivíduo e à sua coletividade. O jornal, o rádio, a televisão, não apenas têm inegável desempenho social como formam o caldo de cultura onde se desenvolve o pensamento do homem moderno.

Nos dia atuais, estamos cercados de informação. No rádio, na televisão, na internet, nos jornais, nas revistas. Tudo é fonte de informação e pesquisa.


Isso não quer dizer que esses meios de comunicação tenham modificado em qualquer aspecto o ser humano. Os que esperam o milagre estão pedindo uma dilatação de prazo na certeza de provar seu ponto de vista. A verdade é que, enquanto se pensar em termos de quantidade, nada poderá ser feito de fundamental nesse campo.
Não é fácil dizer de que modo pode ser operada uma revolução qualitativa dos veículos de comunicação. Os problemas começam quando se sabe que para a maioria nem sequer é necessário qualquer modificação. Para esses, o papel dos comunicadores equivale ao da máquina fotográfica: "reproduzir a realidade, sem tirar nem pôr". Isso seria verdadeiro se o simples ato de comunicar não tivesse características muito peculiares. de fato, a comunicação vem empregnada do comunicador, e se este não é austero consigo mesmo, aquela estará  fora do seu controle de modo permanente.

A respeitabilidade, a coerência, a simplicidade - a solenidade não é necessária - são atributos essenciais aos veículos de informação. Uma publicação sensacionalista, um programa que explora o sentimentalismo não predispõem à compreensão do mundo em volta. Pelo contrário, estimulam a banalidade e incentivam a inconsequência, aumentando dentro do homem aquilo que um inspirado anônimo medieval chamou de "nuvem de ignorância."


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O amplo conteúdo da Cultura


Pela linguagem, pode um indivíduo transmitir a outro quase toda sua experiência. Mas, em mesma, essa possibilidade nunca teria permitido a incrível riqueza da herança humana. A capacidade individual de aprender tem limites. As culturas podem atingi sua riqueza de conteúdo porque são levados avante por grupos de indivíduos, isto é, por sociedades.

Aristóteles

Costumava-se dizer que Aristóteles foi o último homem a possuir a soma total dos conhecimentos de seu tempo. De sua época em diante, o acúmulo tornou-se grande demais. A afirmativa é absurda mesmo à primeira vista, porque já na época de Aristóteles existiam milhares de culturas das quais ele nem sequer a existência, quanto mais o conteúdo. Aristóteles certamente não sabia atirar um boomerang nem obter a tinta do jenipapo. 


Mesmo tomando a cultura grega como expressão total do saber humano, seria impossível conhecê-la integralmente. Pode ser que Aristóteles tenha conhecido tudo a respeito da filosofia, da literatura, e da arte, mas provavelmente não saberia forjar, temperar uma espada, fazer uma armadilha para lobos ou dizer em que ponto podem ser encontrados mais facilmente os lúcidos. 

Conhecimento

O conhecimento dessas coisas fazia parte da cultura grega, tanto quanto as peças de Eurípedes ou as especulações de Platão: cada uma delas, entretanto, era conhecida em todos os detalhes somente por uma pequena parte da população participante dessa cultura. Então como agora, a sociedade se compunha de grupos de especialistas, cada grupo usando e transmitindo certos elementos da cultura deixando outros elementos a outros grupos.

Várias faces, vários costumes, várias raças compõem esse grande
  "caldeirão de diversidade" chamado Terra

É duvidoso que tenha jamais havido um homem que possuísse conhecimento completo da cultura da sociedade em que viveu. E não há necessidade de tentar-se adquirir tão compreensivo conhecimento. O sapateiro pode gozar da vantagem dos instrumentos de ferro, sem aprender o ofício de ferreiro; e o escritor pode ter seus trabalhos impressos de forma permanente, sem se preocupar com os processos de composição tipográfica, fabrico de papel e o mais que constitui as preliminares da publicação.

 
                           Diversidade Cultural

Cada membro de uma sociedade precisa conhecer intimamente apenas a parte da cultura total necessária para adaptar-se e preencher um determinado lugar na vida da sociedade. Isto quer dizer que o único limite à possibilidade de conteúdo de uma cultura é o conjunto formado pelas capacidades de aprender de todos os indivíduos que compõem a sociedade portadora da cultura em questão.


Na realidade, este limite nunca foi atingido, nem aproximadamente. Por mais rica ou complexa que seja uma cultura há sempre lugar para novos elementos.

Frases de grandes personalidades sobre "Conhecimento"

"A imaginação é mais importante que o conhecimento." (Albert Einstein)

"Aquele que analisou a si mesmo, está adiantando o conhecimento dos outros." (Denis Diderot)

"Conhecimento real é saber a extensão da própria ignorância." (Confúcio) 

"Investir em conhecimentos rende sempre melhores juros." (Benjamin Franklin) 

O encontro dos homens através do diálogo


Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão. Por isso, o diálogo é uma exigência existencial. Não há diálogo, porém, se não há um profundo amor ao mundo e aos homens. Não é possível a pronúncia do mundo, que é um ato de criação e recriação, se não há amor que a infunda.


Se não amo o mundo, se não amo a vida, se não amo os homens, não me é possível o diálogo. Não há, por outro lado, o diálogo, se não há humildade. A pronúncia do mundo, com que os homens o recriam permanentemente, não pode ser um ato arrogante.




O diálogo, como encontro dos homens para a tarefa comum de saber agir, romper-se, se seus pólos (ou um deles) perdem a humildade. Como posso dialogar, se alieno a ignorância, isto é, se a vejo sempre no outro, nunca em mim? Como posso dialogar, se me admito como um homem diferente, virtuoso por herança, diante dos outros, meros "isto", em que não reconheço outros eu? Como posso dialogar, se me sinto participante de um "gueto" de homens puros, donos da verdade e do saber, para quem quem todos os que estão fora são "essa gente", ou são "nativos inferiores"? Como posso dialogar, se parto de que a pronúncia do mundo é tarefa de homens seletos e que a presença das massas na história é sinal de sua deterioração que devo evitar? Como posso dialogar, se me fecho à contribuição dos outros, que jamais reconheço e até me sinto ofendido com ela? Como posso dialogar, se temo a superação e se, só em pensar nela, sofro e definho?




A auto-suficiência é incompatível com o diálogo. Os homens que não tem humildade ou a perdem, não podem aproximar-se do povo. Não podem ser seus companheiros de pronúncia do mundo. Se alguém não é capaz de sentir-se e saber-se tão homem quanto os outros, é que lhe falta ainda muito que caminhar, para chegar ao lugar de encontro, não há ignorantes absolutos, nem sábios absolutos: há homens que, em comunhão, buscam saber mais.
Não há também, diálogo, se não há uma intensa fé nos homens. De criar e recriar. Fé na sua vocação de Ser Mais, que não é privilégio de alguns eleitos, mas direito dos homens.


O Constante Diálogo


Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                   o semelhante
                   o diferente
                   o indiferente
                   o oposto
                   o adversário
                   o surdo-mudo
                   o possesso
                   o irracional
                   o vegetal
                   o mineral
                   o inominado

Diálogo consigo mesmo
                   com a noite
                   os astros
                   os mortos
                   as ideias
                   o sonho
                   o passado
                   o mais que futuro

Escolhe teu diálogo
                           e
tua melhor palavra
                         ou
teu melhor silêncio.
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos. 

Carlos Drummond de Andrade