Diversidade Cultural

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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Revolução nas Artes e nas Ciências

As primeiras décadas do século XX não foram revolucionárias apenas na política e na economia. A própria maneira de fazer arte e literatura foi transformada radicalmente pelo modernismo. Os artistas e escritores romperam com as tradições e criaram uma nova linguagem.
Nas ciências, a revolução também acontecia. Principalmente na Física, com a Teoria da Relatividade, de Einstein, e na Mecânica Quântica, que chocou muitas mentes conservadoras.
No Brasil, o modernismo foi trazido por intelectuais que tinham viajado à Europa. O maior evento de propaganda das novas ideias foi a Semana de Arte Moderna, em São Paulo, em 1922.

Os três músicos, de Pablo Picasso (1921)
As transformações radicais


As pessoas que viviam nas grandes cidades do Ocidente, no começo do século XX, tinham a sensação de que a maneira tradicional de ver o mundo e de viver nele estava se dissolvendo. O velho estava se acabando, e o novo brotava. Para começar, toda a Europa sentiu a devastação provocada pela Primeira Guerra Mundial. Em seguida, o mundo foi abalado pela Revolução Russa em 1917. Ela entusiasmou milhões de trabalhadores e intelectuais. A guerra simbolizava a destruição completa e a revolução simbolizava a reconstrução do mundo.
A ideia de arrebentar o passado e moldar uma outra civilização empolgava os corações e as mentes de muitas pessoas de todo o planeta. Esses sentimentos atingiram em cheio os artistas, escritores e cientistas, na Europa, nos EUA e na América Latina. Também eles queriam chutar o passado e criar o futuro.

O francês Marcel Duchamp apresentou esta "escultura" num salão artístico em 1917.
Chamou-a de
Fonte. Como se vê, é um mictório de banheiro masculino.
Atitude iconoclasta (destruidora da tradição) típica dos dadaístas. Por trás disso, há uma pergunta muito séria: o que transforma um objeto em obra de arte? Um mictório, no banheiro, é só um mictório; mas, quando exposto num museu, vira arte?
A revolução nas ciências


No início do século XX, a ciência também viveu a sua revolução. Tudo começou com a célebre Teoria da Relatividade, do físico alemão Albert Einstein (1879-1955). Ele foi, disparado, o cientista mais influente do século. Virou de cabeça para baixo todos os fundamentos da Física, alterou radicalmente tudo aquilo que os cientistas compreendiam do espaço, do tempo, da matéria e da energia. Revelou que o Universo é, na verdade, bem diferente do que aquilo que enxergamos no dia-a-dia.
Einstein disse que o tempo não é absoluto, ou seja, não passa de modo geral em todos os lugares. O tempo e o espaço são relativos, dependem da velocidade do observador. Quanto mais próximo da fantástica velocidade da luz (aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo), maior será a mudança em relação a um observador parado.
Einstein também mostrou que a matéria e a energia se equivalem. Esse é o significado da famosa equação matemática E = mc², que teve grande utilidade na fabricação de usinas nucleares, e infelizmente, das bombas atômicas (um pouco de matéria radioativa produz uma quantidade gigantesca de energia, que destrói tudo em volta).
No começo do século, os cientistas também se preocuparam com a intimidade da matéria. Hoje em dia, qualquer estudante razoável sabe que as coisas são compostas por átomos e que esses possuem um núcleo e alguns elétrons. Mas quando foi que que os cientistas souberam disso? Não faz muito tempo. Em 1897, o inglês Thompson descubriu a existência dos elétrons. Outro inglês, Rutherford, identificou o próton no núcleo do átomo (1914). Seu compatriota Chadwick completou a glória encontrando o nêutron (1932). Logo em seguida, o alemão Heisenberg mostrou que os núcleos dos átomos eram compostos por prótons e nêutrons. Pois é, isso que hoje você aprende na escola foi descoberto com muito estudo, criatividade e pacientes experimentações dos cientistas. Não é emocionante compartilhar suas descobertas?
Tão importante quanto a Teoria da Relatividade de Einstein foi a descoberta da Mecânica Quântica no começo do século. Essa teoria produzida com a colaboração de muitos físicos notáveis: os alemães Schrödinger, Max Born, Max planck e Heisenberg, os franceses De Broglie e Dirac, o dinamarquês Niels Bohr. Ela mostrava que as partículas elementares (próton, nêutron, elétron etc.) não seguem as leis da natureza descobertas por Newton e que explicam os movimentos dos objetos comuns. É como se as partículas elementares fizessem parte de outro tipo de Universo, com sua própria maneira de funcionar. A Mecânica Quântica também superou a Física clássica na compreensão da energia e da luz.


Albert Einstein foi o mais importante cientista do século XX.
Ele nada tinha do "cientista maluco" que se tranca no laboratório e ignora
o que passa no mundo. Era politizado e escreveu a favor da paz mundial, da democracia
e do socialismo. Amou e foi amado por mulheres interessantes, tinha muitos amigos,
gostava de velejar e de tocar violino.
Teoria da Relatividade


Imagine que dois gêmeos sejam separados depois do nascimento. Um deles faz uma viagem de alguns anos numa nave espacial com velocidade próxima à da luz. O outro permanece na Terra.
Pela Teoria da Relatividade, o relógio do bebê espacial anda mais devagar do que o relógio do bebê terrestre. O que significa que o bebê espacial envelhece mais devagar. Anos depois, quando ele retornasse à Terra, estaria muito mais jovem que seu irmão gêmeo que ficou. Incrível não? Esse fato já foi comprovado por experiências científicas.


A Medicina avança


Os avanços da Medicina no século XX foram os mais espetaculares da história. Doenças que matavam ou mutilavam milhões de pessoas passaram a ser curadas. Isso foi possível, em primeiro lugar, graças ao crescimento econômico. Nos países ricos, os governos deram muito dinheiro para as universidades a fim de formar profissionais competentes e para pesquisar. Claro que eram países que valorizavam a educação, o estudo, a ciência, a pesquisa.
 Não dá para falarmos de tudo o que foi descoberto na primeira metade do século XX. Vamos nos concentrar naquilo que foi mais espetacular. 
Todos nós herdamos uma porção de características físicas de nossos pais e avós, como a cor dos olhos, a altura, o formato do nariz, a voz, o tipo sanguíneo etc. Como se explica essa transmissão? Esse é o objeto de estudo da Genética. Só no início do século XX as leis fundamentais da Genética, formuladas havia algumas décadas pelo austríaco Mendel, tornaram-se amplamente conhecidos pelos cientistas. Foi Mendel quem mostrou, por exemplo, que um pai e uma mãe de escuros poderiam ter filhos de olhos claros. Já em 1902, constatou-se que os fatores genéticos estavam contidos em umas estruturas miúdas existentes nas células de quase todos os seres vivos: os cromossomos.
Em 1907, o químico alemão Ehlich percebeu que cada tipo de tecido animal pode ser afetado de forma diferente por compostos químicos. A partir daí, os cientistas se concentram em pesquisar que tipos de mudança uma substância química poderia provocar no organismo de uma pessoa. Pronto: produzir remédios havia se tornado uma ciência. Os remédios mais importantes foram os antibióticos. Descobertos pelo escocês Fleming (1928), um que chegou a ser utilizado nos hospitais de todo o mundo foi a famosa penicilina (1940). Antes dessa data, era comum as pessoas sofrerem um ferimento ou uma cirurgia e, dias depois, morrerem de infecção - ou então terem de amputar um membro. Os médicos nada podiam fazer. Pois bem, o antibiótico acaba com as infecções. Ele é uma substância química, produzida por microorganismos, que extermina as bactérias causadoras de infecções. Uma maravilha! A terrível tuberculose, por exemplo, que tanta gente matou, finalmente podia ser curada por um remédio.
Melhor ainda do que curar a tuberculose é não contrair tuberculose. Isso foi possível graças à descoberta da vacina BCG pelos franceses (1921).
Durante séculos, as pessoas também morriam por ter perdido sangue demais. Alguns médicos tentavam fazer transfusões de sangue (injetando na veia do doente o sangue de uma pessoa sadia), mas os pacientes geralmente morriam. Até que o austríaco Landsteiner descobriu os diversos tipos sanguíneos (A, AB, B, O) e as regras para combiná-los (1900). A partir daí, milhares de vidas puderam ser salvas.


O estafilococo é uma bactéria na mira dos antibióticos
(descoberta de Alexander Fleming, 1928).

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