Diversidade Cultural

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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

O PROBLEMA DA ESPECIALIZAÇÃO E A PEDAGOGIA DA UNIDADE

A era dos especialistas corresponde à predominância de uma psicologia da pulverização do saber. Os estudantes que entram no sistema são, desde o início, formados em função da especialização que será a sua. Seu saber, muito localizado, será como uma ilha num oceano de ignorâncias.


Figura mostrando exatamente essa imagem
de pessoa solitária, porém sábia e
dedicada do cientista.
Parece indispensável romper o círculo vicioso dos costumes estabelecidos, e definir os elementos de uma nova pedagogia, única capaz de dar à inteligência o sentido da realidade humana como horizonte comum de todos os saberes.
O especialista do tipo tradicional é caracterizado por uma restrição mental sistemática; ele se acantona no domínio estreito que escolheu, e esforça-se por acumular o maior número possível de informações. O fim é de totalizar o conjunto dos dados, o que corresponderia à perfeição do saber concernente a uma zona precisa e delimitada.
Como o avarento reina sobre o seu ouro, o especialista julga-se rico dos conhecimentos que ele acumulou. Ciumento de se tesouro, considera com desconfiança seus confrades.
Para estar mais sozinho na possessão de seu saber com toda tranquilidade, ele se acantona de uma parcela muito pequena para poder cultivar seu jardim com toda segurança. Daí uma psicologia campesina, onde se está sempre em guerra com os vizinhos por causa dos limites do terreno ou de pequenos muros.
O cientista deixaria de ser um fidalgo feudal que reina sobre um espaço confinado. seu regime mental abandonaria a volta sobre si para abrir-se à consciência dos grandes conjuntos do pensar. Em vez de ter respostas para tudo, ele se esforçaria sempre para recolocar em questão suas questões, para questionar tudo. Ele não renunciaria nunca a situar sua especialização no horizonte global do saber, que ninguém pode pretender se apropriar completamente.
Esta renúncia à certeza que cega, desenvolverá um espírito de humildade, que se afirmará em desejo de colaboração. Este novo profissional tenderá a ser um homem do diálogo, em constante diálogo consigo mesmo e com o outro. Uma tal consciência tomada de sua própria insuficiência não impedirá, mas, pelo contrário, favorecerá a confiança em si, a audácia conquistadora do espírito, certo de que a busca da verdade não se acabará nunca.
"Os pais são nossos primeiros professores"


Por isso, parece indispensável definir-se com precisão um programa pedagógico para a formação dos profissionais de ciências humanas. Não se trata de impor aos estudantes uma documentação enciclopédica, mas de os submeter a uma pedagogia de unidade. A unidade das ciências humanas supõe a unidade de cada homem e a unidade de todos os homens. Vê-se aqui que esta vocação de unidade reveste-se simultaneamente de uma significação epistemológica e de uma significação moral. O conhecimento do homem e do mundo é a tarefa do homem; o conhecimento do homem e do mundo é a edificação do homem e do mundo.



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